Promotoria pede julgamento de suspeito de matar jornalista Leo Veras

A promotora paraguaia Alicia Sapriza, do núcleo de luta contra o crime organizado apresentou denúncia e pediu julgamento oral contra Waldemar Pereira Rivas vulgo “Cachorrão”, acusado de associação criminosa e pelo homicídio doloso do jornalista brasileiro Lourenço Veras, o Leo, 52 anos.

A decisão se deu após investigação realizada em conjunto com os outros procuradores que integram a equipe, Marcelo Pecci e Federico Delfino, da Unidade Especializada contra o Crime Organizado do Ministério Público.

“Cachorrão” foi preso três meses após Leo Veras, proprietário do jornal Porã News, um dos principais jornais policiais da fronteira com o Paraguai, ser assassinado no país vizinho.

Apesar de Waldemar ser denunciado como mandante do assassinato, a morte de Leo Veras é vista como mais um mistério da fronteira. Muitas pessoas que conheciam o jornalista duvidam dessa versão da polícia.

Na época da morte ele negou, disse que era amigo da vítima e de sua família.

Cachorrão foi preso no dia 1° de maio de 2020 em Pedro Juan Caballero. Ele estava dentro de um veículo, sob efeito de álcool e foi detido durante inspeção preventiva e encaminhado ao Departamento de Investigação Criminal da Polícia de Amambay.

Na época, o elemento que vinculava Waldemar à morte de Leo era sua caminhonete Jeep Renegade, usada por membros da facção PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar o jornalista. No Brasil, Cachorrão é condenado a 17 anos de prisão.

Assassinato– Leo foi morto a tiros no dia 12 de fevereiro de 2020, após três bandidos encapuzados invadirem uma casa simples no bairro Jardim Aurora, em Pedro Juan Caballero, e o executaram com 15 tiros de pistola 9 milímetros. A vítima jantava com a esposa, os filhos adolescentes e o sogro. Ele tentou correr ao ver os bandidos chegando, mas foi perseguido e morto no quintal.

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