Mato Grosso do Sul iniciou o plantio do milho segunda safra 2021/2022 com estimativa de 1,992 milhão de hectares, de acordo com o mais recente boletim Casa Rural elaborado pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), datado de terça-feira (1).
O documento publicado por Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho) aponta retração de 12,6% na área semeada em relação ao ciclo anterior, que foi de e 2,28 milhões de hectares.
O boletim Casa Rural alerta, contudo, que o “prognóstico climático demonstrando grande variação das chuvas ao decorrer da safra” indica que o produtor pode ter vários problemas ao efetuar a semeadura fora da janela recomendada do Zoneamento Agrícola de Risco Climático, “em alguns solos argilosos podendo efetuar o plantio com 40% de risco até dia 31 março”.
Ainda na fase inicial, a semeadura do milho avançou por aproximadamente 15.936 hectares até a última semana de janeiro e a região norte está com o plantio mais avançado, com média de 2,2%, enquanto a região sul tinha 0,8% e a região centro 0% o período analisado pelo Siga-MS.
Em relação ao mercado do cereal, o documento aponta valorização 0,44% no preço da saca de 60 quilos desde 24 janeiro, negociada ao valor médio de R$ 85,00 no dia 27 passado.
Com base nas cotações disponíveis no site da Granos Corretora, o boletim Casa Rural acrescenta que a saca do milho valorizou 2,11% no mês de janeiro de 2022 e os R$ 83,69 representaram alta de 17% em relação ao valor médio de R$ 72,08 no mesmo período de 2021.
“A manutenção do dólar alto e valorização no mercado internacional justificam os preços em alta”, pontua, acrescentando que “os preços atuais não necessariamente são os valores que o produtor está recebendo, uma vez que a comercialização ocorre gradualmente”.
Mesmo na fase inicial do plantio, o agronegócio sul-mato-grossense comercializou até 25 de janeiro 10,65% do milho 2º safra 2022, também de acordo com levantamento realizado pela Granos Corretora. Esse percentual representa queda de 17% no comparativo com igual período do ano anterior.
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