Panelaço para um "novo-velho" governo







Não com a mesma intensidade, mas houve, sim, panelaço durante entrevista concedida pelo presidente interino do Brasil, Michel Temer (PMDB), ao programa Fantástico, da TV Globo na noite de domingo. O barulho foi ouvido e registrado nas grandes Capitais e mostra a insatisfação da população com o novo representante do país, ligado até pouco tempo com o governo Dilma Rousseff (PT), afastada na madrugada de quinta-feira por 180 dias, dando início ao processo que pode resultar em seu impeachment.

Temer não é popular e seu nome não é do agrado da população, principalmente pela forma a qual agiu para chegar ao poder na forma de ‘tampão’. Mais desgastado ainda pelo ministério loteado e escolhido a ‘dedo’ pelo mesmo, percebe que seu prazo não deve ultrapassar esses dois anos restante.

Mesmo que negue a vontade de disputar a reeleição, sabe que ‘não tem voto’, como bem relatou a ainda presidente Dilma em pronunciamento ao receber a notificação de seu afastamento, a não ser, é claro, que faça um grande acordo para tentar, sozinho, buscar se manter à frente do país.

Em relação a retomada do crescimento, hoje estacionado mediante a crise fiscal e política, não há esperanças ou até mesmo previsão de retomada, consolidando que não teremos novidades.

Seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já se pronunciou e deixou claro que a ordem continua a mesma, ou seja, arrecadar, mesmo entendendo a necessidade de diminuir as taxações e tributos. Então, será necessário, em sua visão, recriar a CPMF (Contribuição Provisória por Movimentação Financeira), tão criticada pelo próprio PMDB de Temer até poucos dias.

No campo dos investimentos estrangeiros, as dúvidas em relação ao Brasil ainda permanecem e com isso a incerteza da entrada de capital exterior numa economia bastante afetada pela disputa do poder.

Enquanto não conseguimos enxergar um novo mandato dentro do velho governo, as dúvidas persistirão e as pessoas agora começam a entender que a briga de bastidores realizada até o momento pela oposição e situação, deixaram o país na lona e para se reerguer, serão necessários vários anos.

 

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