Marun defende exclusão dos ‘traidores’ de Temer da base

O deputado federal Carlos Marun (PMDB) defende a saída dos colegas de partido e dos demais parlamentares da base aliada que votaram contra o relatório que rejeitava autorização para o Supremo Tribunal Federal (STF) analisar a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva.

“Falei publicamente por meio do grupo de WhatsApp e pessoalmente com alguns para deixarem o partido. O governo deve valorizar os deputados que foram leais”, argumentou.

Mas até o momento ninguém se retirou. “Alguns reclamaram da minha opinião, discordaram. Outros não. Mas até agora não saíram. Eu abracei o presidente ontem [anteontem], após a votação, e vou conversar com ele a respeito do futuro de quem mudou de voto. Penso que quem foi desleal que tome uma decisão a respeito do seu futuro. No meu entendimento, não estão mais no governo”, afirmou Marun.

Para ele, a “traição” de boa parte dos deputados assustou. “Não deixa de ser preocupante. O ideal seria que todos que estão no governo agora fossem solidários e tivessem respeito ao presidente Temer. Muitos não tiveram. Corroboraram uma ofensa ao presidente”, ressaltou.

Apesar disso, Marun afirma que o governo saiu fortalecido para enfrentar questões “importantes, urgentes e urgentíssimas” que vêm pela frente. Entre as elencadas pelo deputado federal, estão as reformas da Previdência, Tributária, Política e uma série de medidas provisórias. Já há um planejamento estratégico para conseguir o apoio da maioria.

 

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