“Game of Thrones” volta com tensão e Jon Snow pressionado por todos os lados

Muita coisa aconteceu em “Winterfell”, episódio que abre a temporada final de “Game of Thrones”. Com duração de 54 minutos, o episódio terminou com um doloroso reencontro entre Bran (Isaac Hempstead Wright) e Jaime (Nicolaj Coster-Waldau). Foram muitos reencontros (Sansa e Tyrion, Arya e Jon, Bran e Jon, etc) e muitas deferências simbólicas ao primeiro episódio da série, também ambientado em Winterfell e chamado “The Winter is Coming”.

Inegavelmente todos os os holofotes estão em Jon Snow (Kit Harington), que retorna para o Norte ao lado de Daenerys (Emilia Clarke) e enfrenta resistência. “Os nortenhos não confiam em estrangeiros”, observa o próprio a rainha Targaryen antes de ser questionado por Lady Mormont (Belle Ramsey) sobre seu status agora que entregou o Norte.

Mas isso não foi tudo. Jon montou um dragão, namorou Daenerys um pouco mais e descobriu que é Aegon Targaryen, o legítimo herdeiro do trono de ferro. “Você renunciou ao trono por ela. Ela faria o mesmo?”, indaga um inquieto e aflito Sam Tarly (John Bradley), que pouco antes descobrira que a rainha que Jon imagina “justa e essencial para vencer o exército dos mortos” executara inclementemente seu pai e irmão.

Não é uma pergunta fácil de responder. Principalmente para Jon Snow que em outros dois momentos foi tensionado com questões por suas irmãs. Arya (Maise Williams) observou que “está sempre do lado da família” e rogou que Jon não se esquecesse disso. Enquanto que Sansa (Sophie Turner) quis saber se ele “dobrou o joelho” para Dany “para salvar o Norte ou porque está apaixonado por ela”.

Ao oferecer respostas, “Game of Thrones” trabalha com mais dúvidas. Sempre foi assim e não parece deixar de ser o caso conforme a trama avança para seu final. O ritmo, porém, é muito mais acelerado.

Se Tyrion (Peter Dinklage), Lorde Varys (Conleth Hill) e Sor Davos (Liam Cunningham) ensaiam a formalização de uma aliança – a química entre Jon e Dany é inescapável – para depois de um eventual vitória sobre o Rei da Noite com um casamento, o receio das mulheres Stark pode está mais compatível com a velocidade dos acontecimentos.

Ciente da verdade, como procederá Jon Snow? A tendência é que prefira manter sigilo a respeito de seu passado para não pôr em risco a aliança contra o Rei da Noite. Todavia, outra teoria ganha tração com os desenvolvimentos de “Winterfell”. Ao preferir que o “melhor amigo” de Jon desse a notícia para ele, Bran deixou que alguém nitidamente sobre forte impacto emocional atuasse sobre aquelas circunstâncias já suficientemene desestabilizadoras.

Uma rainha agoniada

Enquanto isso em King´s Landing, Cersei (Lena Headey) se viu na necessidade de fazer mais concessões a Euron Greyjoy (Johan Philip Asbaek) do que gostaria. Mas apenas depois de consumar carnalmente sua aliança com o Rei das Ilhas de Ferro, que ela se sentiu liberada para perseguir sua “justiça poética” contra os “irmãos traidores” e escalou Bronn (Jerome Flynn) para garantir isso, caso o Rei da Noite falhe.

Fato é que a chegada da companhia dourada deu muito menos alívio do que a atual ocupante do trono de ferro esperava.

Uma fala de Lorde Varys é especialmente emblemática. Nada dura para sempre e as alianças neste momento em Westeros parecem todas por um triz. Daenerys nunca esteve tão impaciente e Jon parece ter mais expectativas para equalizar do que parece dar conta. Enquanto isso, o Rei da Noie ruma com seu exército que não morre e não para.

“Game of Thrones” não dá pistas de que vá aliviar para seus personagens, apesar de alguns bons momentos cômicos nessa season premiere, tampouco deixar sua imensa audiência respirar.

Por IG Gente