EUA dizem que vão adotar linha dura com China se normas forem violadas

Reuters/GA

Os Estados Unidos serão “muito claros” com a China se o país for além dos limites das normas internacionais sobre a segurança cibernética e outras questões, disse uma autoridade sênior do governo dos EUA nesta terça-feira, antes de uma cúpula entre os líderes dos dois países.

Os comentários de Ben Rhodes, conselheiro-adjunto de segurança nacional, foram feitos num momento em que o governo chinês está cada vez mais assertivo e tem feito pressão pela criação de novas instituições regionais que a China tem o objetivo de liderar, incluindo um fórum de segurança multilateral e um banco asiático de investimento em infraestrutura.

Ciberespionagem, disputas marítimas e uma vasta gama de outras questões vão surgir, disse Rhodes, quando o presidente dos EUA, Barack Obama, se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, para um jantar na terça-feira e para conversas formais na quarta.

Obama está em Pequim para a cúpula da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) e uma visita oficial à China.

“Saudamos o desejo da China, que está claramente exposto aqui na cúpula, de desempenhar um papel na comunidade internacional que é compatível com a sua capacidade econômica e política, e sua posição como a nação mais populosa do mundo”, disse Rhodes, um dos principais assessores de Obama na Casa Branca, a jornalistas.

“Ao mesmo tempo, nós vamos ser muito claros quando acreditarmos que as ações da China estiveram realmente saindo dos limites do que acreditamos ser as normas internacionais necessárias que regem as relações entre as nações e as maneiras pelas quais nós resolvemos disputas”, acrescentou.

Obama chegou à China em busca de mostrar um compromisso renovado dos EUA com a girada estratégica em direção à Ásia, amplamente vista como um esforço para combater a crescente influência da China.

O ceticismo permanece entre alguns aliados asiáticos, no entanto, quanto ao fato de os Estados Unidos poderem se envolver totalmente com a região no momento em que está preocupado com as crises globais como a luta contra o Estado Islâmico, a propagação do vírus Ebola e o conflito na Ucrânia.