Enfermagem da Santa Casa suspende paralisação no atendimendo

A paralisação do setor de enfermagem da Santa Casa de Campo Grande durou menos de oito horas. Reunião entre o sindicato da categoria e o presidente da Associação Beneficente Campo Grande (ABCG), Esacheu Nascimento, na tarde de hoje serviu para suspender o movimento. A associação é responsável pela gestão do hospital.

O Sindicato dos Trabalhadores na área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Siems) divulgou no meio da tarde de hoje que foi compromissado que o pagamento de abril seria quitado nesta quinta-feira. A folha venceu no 5º dia útil deste mês.

“O presidente da Santa Casa informou que foi realizado um empréstimo para o pagamento dos profissionais já que até o momento ainda há impasse na assinatura do convênio com a prefeitura municipal. O repasse de 20 milhões ainda não foi efetuado pelo órgão municipal”, disse Lázaro Santana, que presidente o Siems.

Apesar da possível declaração que o hospital faria empréstimo para pagar funcionários, ontem a Prefeitura de Campo Grande e a ABCG acertaram aditivo por mais 30 dias para garantir repasse de recursos públicos para o hospital. Esse aditivo foi anunciado pelo prefeito Marcos Trad (PSB), durante agenda.

SEM ACORDO

O hospital pede aumento de repasse em R$ 3,5 milhões ou que a redução em 30% da quantidade de atendimentos – por meio da restrição de pacientes não encaminhados pelos postos de saúde – seja incluída na contratualização, que não foi assinado até o momento por essa razão.

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) admite que a negociação com a Santa Casa ainda não terminou, ao contrário do que havia sido informado no dia 5 de abril, quando aparentemente ambas as partes teriam chegado a um acordo, com o congelamento das verbas em R$ 20 milhões.

“Está vindo um representante do Ministério da Saúde, semana que vem, para intermediar essa discussão. A Santa Casa é um ente privado e eles interpretam como iniciativa privada. E, quando você contratualiza com o SUS, existe um modelo de contratualização com o qual a Santa Casa realmente tem dificuldade de interpretação disso”, explicou  secretário de saúde, Marcelo Vilela.

 

RODOLFO CÉSAR