‘Em sigilo’: advogado diz não saber motivo da prisão de vereadores em Dourados

A defesa dos vereadores douradenses Pedro Pepa (DEM) e Cirilo Ramão (MDB) afirmou que ainda não tem ciência do motivo da prisão dos dois, ocorrida no início da noite desta sexta-feira (30) enquanto ambos participavam da sessão especial de julgamento da cassação de outro vereador de Dourados, Junior Rodrigues (PL).

Conforme o advogado Fernando Baraúna explicou ao Jornal Midiamax, a justificativa para emitir o novo mandado de prisão foi mantido em sigilo. “A gente não tem o motivo. Até o delegado achou estranho, por que o próprio mandado fala que está em sigilo”, frisa.

Além disso, Baraúna antecipa que já entrou com habeas corpus no plantão judiciário do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e agora aguarda resposta para tentar libertar os vereadores, hoje novamente afastados do cargo.

“Eles passaram por processo de cassação, foram absolvidos, mas uma cautelar impedia o exercício do mandato. Fizemos pedido de suspensão do liminar e o presidente do Tribunal foi enfático em dizer colocar o prazo máximo de afastamento em 180 dias. São seis meses e eles ficaram afastados período maior”, coloca o advogado.

Prisão aconteceu durante a sessão, que continuou

As prisões aconteceram durante a sessão de julgamento da cassação do vereador Junior Rodrigues (PL), que acontece nesta noite de sexta-feira na Câmara de Dourados, e nada tem a ver com o que ocorre na Casa de Leis da cidade, que fica a 238 km da Capital.

Com a prisão, eles também foram afastados do cargo de vereador e os suplentes Marcelo Mourão (PRP) e Marinisa Mizoguchi (PSB) deverão ser reconvocados. Além disso, a sessão realizada nesta noite continuou normalmente, já que mesmo com os dois desfalques, há quórum suficiente para que os trabalhos continuem.

Cirilo e Pepa foram detidos por determinação do juiz da 1ª Vara Criminal de Dourados, Alessandro Leite Pereira. Eles ficaram oito meses afastados da Câmara e voltaram ao cargo no último dia 19, após conseguirem decisão favorável do TJMS.

Além de hoje, ambos foram presos em dezembro, em decorrência da Operação Cifra Negra, sendo acusados de integrarem esquema que desviou R$ 5 milhões em quatro anos no Legislativo douradense, com pagamento a empresas terceirizadas para fornecer serviços de TI (tecnologia da informação).

 

 

 

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