Em Coletiva de Imprensa, Polícia Civil fala sobre o assassinato de investigadores da DERF

Campo Grande (MS): Na manhã desta quarta-feira (10) o Delegado-Geral da Polícia Civil – Marcelo Vargas Lopes, juntamente com o Delegado-Geral Adjunto – Adriano Garcia Geraldo, o Coronel PM Ary Carlos Barbosa – secretário adjunto da SEJUSP, o delegado aposentado André Matsushita Gonçalves – chefe de gabinete da SEJUSP e delegados que participaram da investigação sobre o assassinato dos investigadores da Polícia Civil Antônio Marcos Roque da Silva e Jorge Silva dos Santos, participaram de uma Coletiva de Imprensa para falar sobre a atuação das equipes.

Nesta terça-feira (9), por volta das 17h, os investigadores se deslocavam, no interior de uma viatura descaracterizada da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos – DERF, conduzindo, no banco traseiro, duas pessoas, sendo uma delas um homem de 30 anos, com Mandado de Prisão por Violência Doméstica, e um segundo – Ozeias Silveira de Morais, de 44 anos – conduzido até então como testemunha, motivo pelo qual não fazia uso de algemas, nem tampouco, teria sido submetido a busca pessoal.

Ao parar no semáforo da Rua Joaquim Murtinho, no cruzamento com a Rua Bahia, bairro Itanhangá Park, os Investigadores foram alvejados na região da nuca, sem qualquer chance de defesa. Ozeias Silveira de Moraes levava consigo uma arma de fogo tipo revólver calibre 38, registrada em seu nome. Ele trabalhava como vigilante.

Os dois policiais vieram à óbito no local, enquanto que, o autor fugiu, oportunidade em que abordou um veículo marca Honda, modelo H-RV, placas QAS-5509, fazendo a motorista de refém e com que a mesma dirigisse o veículo, sempre mostrando a arma de fogo. O criminoso fugiu pela Rua Rodolfo José Pinho, adentrando na Avenida Eduardo Elias Zahran até o cemitério Santo Antônio, quando se dirigiu pela via lateral do Parque de Exposições de Exposições Laucídio Coelho, adentrando na Rua das Primaveras e abandonando a vítima e o veículo próximo ao Supermercado Pires, embarcando logo em seguida em um táxi o qual não foi identificado pela vítima, sabendo apenas informar que o sentido tomado foi a esquerda no sentido a Avenida Manoel da Costa Lima.

O investigador Marcos, que estava no lado do passageiro, foi encontrado caído ao solo em decúbito dorsal, do lado direito do veículo. A equipe da perícia técnica não notou marcas de disparos no veículo.

Com relação aos corpos dos investigadores, foi possível verificar que a vítima Jorge, ora motorista, apresentava marca de ferimento por disparo de arma de fogo, na região posterior da cabeça, lado esquerdo e que o mesmo portava em sua cintura 1 arma de fogo, marca Taurus, modelo PT 24/7, calibre .40, devidamente municiada e travada, e sobre o banco dianteiro do carona, estava uma outra arma de fogo, do tipo pistola, marca Taurus, modelo PT 24/7, calibre .40, devidamente municiado a travada, possivelmente que estava de posse da vítima Marcos, o qual havia sido retirado do banco do carona e seu corpo estava no solo, apresentando um ferimento por disparo de arma de fogo na têmpora do lado esquerdo.

Após os primeiros levantamentos, as armas e munições recolhidas no local, foram devidamente recolhidas e acondicionadas nas embalagens periciais, ficando na custódia e responsabilidade da perícia.

Diversas equipes da Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Guarda Municipal, iniciaram as buscas logo após o ocorrido, adentrando a madrugada quando, por volta das por volta das 4h30 desta quarta-feira (10), o autor foi localizado na Rua Carmoquim, bairro Santa Emília, momento em que o mesmo acabou por sacar sua arma de fogo e apontando para os policias ali presentes, veio a ser alvejado por três disparos, sendo socorrido a Santa Casa, onde veio a óbito. 

A perícia técnica foi até o local e todas as testemunhas foram levadas ao GARRAS, onde foram colhidos seus respectivos depoimentos, restando apreendido um simulacro de pistola, bem como o revólver calibre 38, oxidado, marca TAURUS, número aparente NF35762, bem como a pochete de cor preta que o suspeito trajava no momento do crime perpetrado contra os policiais da DERF. 

O caso foi registrado como Homicídio qualificado (pela traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que

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