Dupla de aventureiros de Aquidauana percorreu neste final de semana parte da Rota Bioceânica para desbravar e conhecer o que será o maior trecho de ligação entre o Porto do Chile e Porto de Santos.
Sem medo de conhecer novos lugares o secretário de Serviços Urbanos e Rurais de Aquidauana Archibaldy Joseph Lafayette Stockler Macintyre, conhecido como “Mac” e Wilson Alves Corrêa, conhecido como “índio” contaram como surgiu a ideia da viagem.
Mac informou que estava conversando sobre a Rota Bioceânica com amigos e destacando que a estrada vai sair do Porto de Santos, e vai atravessar São Paulo, Mato Grosso do Sul, o Paraguai, Argentina chegando até o Porto do Chile, e dessa forma vai facilitar a exportação de grãos e reduzir em 15 dias de viagem de navio o destino desses produtos.
Ele disse que isso despertou a curiosidade de saber como anda os trechos e construção no país vizinho.
Como esses caminhões vão passar nesses estados, ficamos pensando que Aquidauana vai fazer parte disso também com a rodovia 419 que vem de Rio Verde do MT, que vem do Mato Grosso, vão passar por aqui, passar por Anastácio e boa parte vai contornar nosso futuro anel viário e seguir a Porto Murtinho. E isso vai ser espetacular. E aí tivemos vontade de conhecer e fazer um reconhecimento nessa região e ver o que acontecia e como era as estradas.”
Mac destacou que arrumou as malas e foi com o amigo Índio até Porto Murtinho, atravessou de balsa e chegou em Carmelo Peralta, cidade no interior do Paraguai e observou um asfalto muito bom, e de primeira qualidade. A ponte que vai ligar o MS ao Paraguai está em construção e deve ser entregue a partir do ano que vem.
“Andamos 305 km nessa estrada sem ver uma casa, a estrada era muito boa, nova, e não havia nenhum buraco. Vimos alguns assentamentos e áreas indígenas ali também. E fomos até uma cidade chamada Lona Plata, onde conversamos com os moradores e vimos as pessoas muito entusiasmadas porque a rota vai seguir até a Argentina, chegando a cidade de Jujui no pé da Cordilheira dos Andes.”
“É uma viagem interessante, foi uma viagem muito legal. Já temos uma visão definida do local de dormida no Paraguai até a fronteira com a Argentina”, revelou o secretário que aproveitou para agradecer a redação de O Pantaneiro por contar um pouco da aventura.
O companheiro de viagem, “Índio” contou que boa parte do trecho lembrou muito algumas cidades da região do nordeste do Brasil.
“As terras são fracas e arenosa. O clima é mais para árido e lembra muito algumas regiões do nordeste. É muito plano, e o preço da terra ainda é muito barato o hectare.”
Agora, os aventureiros planejam ir até à Argentina, uma viagem um pouco mais longa.
Fonte: Porto Murtinho Noticia
