Defesa aposta em insanidade mental para libertar lutador

Mesmo depois de ter o pedido de liberdade do lutador Rafael Martinelli Queiroz, de 27 anos, negado ontem (2) pela Justiça, a defesa aposta em laudo que aponta insanidade mental para livrar o lutador do júri. Rafael está preso desde o dia 19 de abril depois de matar PauloCézar de Oliveira, de 49 anos, no Hotel Vale Verde, na Afonso Pena, em Campo Grande.

O advogado de defesa, Darguim Julião, afirma que um médico particular da família realizou entrevistas enquanto Rafael estava detido e confirmou a tese desde o início defendida pela família: insanidade mental.

O laudo já foi apresentado e deferido pela Justiça na semana passada, mas, segundo a defesa, o documento não livra o réu de passar pela primeira audiência de instrução, marcada para agosto desse ano.

O CASO

O crime ocorreu no dia 18 de abril, no Hotel Vale Verde.O lutador, que é de Valparaíso, no interior de São Paulo, estava em Campo Grande para participar de uma competição, no entanto, teria perdido a luta por WO (desistência).

Rafael agrediu a namorada, que fugiu do quarto e se escondeu na recepção.Transtornado, Rafael saiu pelo corredor do segundo andar do hotel batendo de porta em porta a procura de Carla. Ele quebrou câmeras de segurança, sensores de presença, forro, gesso, derrubou extintores e danificou portas de vários apartamentos.

Durante a procura, Rafael invadiu o quarto de Paulo Cezar e o agrediu com cadeiradas na cabeça.

Em depoimento à Polícia Civil,o suspeito confessou ter agredido a namorada com um soco, mas afirmou não se lembrar de todos os detalhes do ocorrido no dia do crime. Depois do depoimento, Rafael foi encaminhado a uma prisão, onde aguarda julgamento em uma cela especial por possuir nível superior.

Fonte: Correio do Estado