Carille justifica escolhas e admite Corinthians abaixo na criação e “jogo chato” contra o Fluminense

O técnico Fábio Carille admitiu que o Corinthians ficou devendo na criação ofensiva no empate em 0 a 0 com o Fluminense na noite desta quinta-feira, em Itaquera. Os times voltam a se enfrentar na próxima quinta-feira, às 21h30, no Maracanã em duelo valendo vaga na semifinal da Copa Sul-Americana.

– A expectativa quando você faz um jogo em casa e pela nossa sequência nos últimos jogos é de vitória. Mas passar para a semifinal da Sul-Americana não é fácil. O Fluminense mudou totalmente sua característica. A gente lutou, correu, mas ficou um pouco abaixo na criação – analisou o treinador.

– A intensidade foi a mesma, mas foi um jogo muito amarrado, parado. Pelo que me passaram, foi nosso jogo com menos bola rolando. Aí fica um jogo chato para assistir. Mas intensidade não faltou – opinou.

Em entrevista coletiva após a partida, o técnico também justificou a escolha por Vagner Love como titular do ataque no lugar de Mauro Boselli.

– Depois da parada da Copa América, a gente achou a forma de jogar, algo que eu não tinha achado. Apesar do título paulista, a gente não vinha se encontrando, uma hora faz mudança, outra não dá… Usar um (camisa) 9 depende muito da característica. Nós nos preparamos muito para o que tinha o Fluminense. Pelo que o Fluminense vinha apresentando, as características do Love eram mais interessantes que as do Boselli.

O comandante alvinegro também falou sobre a permanência de Mateus Vital entre os titulares, deixando Sornoza na reserva.

– O Vital tem melhor “um contra um”, é um jogador que tem esse lance pessoal, fez um ótimo jogo contra o Botafogo e contra o Vasco, quando ele fez um gol. Sornoza é mais de toque, armação, de vir de trás com a bola. A ideia foi continuar com o Vital pelo que ele apresentou no jogo contra o Botafogo – justificou.

O Timão volta a campo no próximo domingo, diante do Avaí, às 19h, na Ressacada, em duelo válido pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Lado direito bem marcado

– Eles fizeram uma linha de cinco fechando todas as possibilidades. Lógico, quando você enfrenta o Corinthians tem que marcar o lado direito. O Fluminense tinha uma proposta, fez o que pretendia, nós sofremos um pouquinho. Não tem jogo fácil valendo vaga na semifinal da Sul-Americana. Chega ali, muda campeonato… No Brasileiro, o Fluminense tem que se expor mais, vai sofrer para sair de baixo. Na Sul-Americana eles vieram com outra proposta. Tentamos, mas precisávamos ser mais organizados e melhor tecnicamente.

Substituições

– As substituições foram para ter mais um armador. Pensei em colocar Boselli e Love. Mas era um jogo decisivo, precisa ter cautela. O Pedrinho pediu para sair. Já o Boselli foi uma substituição natural, pensando nas jogadas de lado.

Oswaldo de Oliveira

– Ele já mudou hoje. O Oswaldo esteve aí, falei com ele no vestiário antes do jogo. Ele participou do treino, veio com os zagueiros posicionados. Ele é mais na minha linha, convencional. Não dá pra fazer mudança drástica, mas hoje já teve diferença.

Jogo da volta

– Não tem nada de mais fácil, não. É jogo grande, decisivo, agora a gente começa a entender qual vai ser a ideia de jogo do Fluminense.

globoesporte