Autor confesso da morte de criança de 6 anos por asfixia, menor é transferido para Unei da Capital

A delegada Regina Márcia Rodrigues Mota, titular da Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Campo Grande deve concluir o inquérito policial sobre a morte de Kauã de Sena, 6 anos, nesta semana.

A informação foi confirmada na manhã desta segunda-feira (8) pela delegada Regina em entrevista ao MS Record.com.br. “Já ouvi todas as pessoas envolvidas. Ele confessou. Devo fechar o inquérito nesta semana”, explicou.

O adolescente de 17 anos que confessou o crime já está recolhido na Unidade Educacional de Internação (Unei) da Capital. A transferência aconteceu na tarde do último sábado (6), depois que o jovem foi interrogado pela polícia.

A esposa do menor, Eliane Martins de Souza, foi removida para o presídio Feminino. Nenhum dos dois tem passagem pela polícia. O jovem de 17 anos foi denúnciado pela mãe da criança, como o principal suspeito pela morte do pequeno Kauã no bairro Itamaracá na tarde da última quinta-feira (4).

O acusado foi apreendido na noite de sexta-feira (5), na cidade de Bataguassu, município localizada á 335 quilômetros de Campo Grande. Ele estava tentado embarcar em um ônibus de viagem que iria para São Paulo, cidade de Campinas.

Neste município morava parentes da família do acusado. Ele estava acompanhado da esposa Eliane Martins de Souza, no momento da abordagem policial.

O caso

O crime aconteceu no dia 4 de abril no bairro Jardim Itamaracá em Campo Grande. A criança foi encontrada com os braços amarrados para trás e a boca amordaçada quase sem vida. Ao lado do corpo havia o frasco de inseticida.

A mãe do menino, Aparecida, costuma deixar a criança sozinha para poder trabalhar. A filha mais velha estuda no período da tarde.

A criança foi encaminhada para a unidade de pronto atendimento médico do bairro Universitário, onde já chegou sem vida. O caso aconteceu na última quinta-feira (4).

A perícia encontrou marcas no pescoço de Kauã, principalmente na nuca. O sangue coletado estava escuro e grosso, a língua da criança tinha cor diferenciada, o que indica a ingestão de produto químico.

O único produto que a família sentiu falta na casa foi o aparelho de DVD. O eletrônico foi vendido por R$ 20. Na casa não havia sinais de arrombamento.