Após duas altas, dólar segue avançando ante o real nesta terça

Depois de dois dias de alta, que ajudaram o dólar a atingir a maior cotação de fechamento em mais de quatro anos na véspera, a moeda dos EUA segue avançando com força em relação ao real nesta terça-feira (18), com investidores apreensivos antes da reunião do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que deve dar novos sinais sobre o rumo dos estímulos monetários no país.

Perto das 11h (horário de Brasília), o dólar tinha alta de 0,18%, cotado a R$ 2,1700 para a venda. Veja a cotação

Depois de ver a cotação alcançar o patamar de R$ 2,18, o Banco Central resolveu atuar. Antes de 11h, a autoridade monetária realizou dois leilões.

No primeiro leilão de swap cambial tradicional – que equivale à venda de dólares no mercado futuro –, o BC ofertou 30 mil contratos com vencimentos em 1º de agosto de 2013 e outros 30 mil para 2 de setembro de 2013.

Pouco depois, a autoridade monetária fez novo leilão, ofertando desta vez 20 mil contratos com vencimentos em 2 de setembro de 2013 e 20 mil para 1º de outubro de 2013. Diante desta atuação, o dólar até ensaiou uma queda, mas voltou a subir pouco depois.

Na segunda, a moeda norte-americana fechou acima de R$ 2,16 com operadores aproveitando a tendência de fortalecimento da divisa nos mercados internacionais para testar a tolerância do Banco Central à valorização da moeda dos Estados Unidos.

O dólar subiu 0,84%, para R$ 2,1661, a maior cotação desde 30 de abril de 2009. No mês, até o último fechamento, o dólar tem alta de 1,11% e, no ano, de 5,94%.

Na véspera, o BC fez uma intervenção no mercado, vendendo leilões de swap cambial tradicional — equivalentes a vendas de dólares no mercado futuro –, levando agentes do mercado a acreditarem que o BC não quer o dólar distante de R$ 2,15. No entanto, as vendas de moeda não impediram uma alta próxima a 1% da cotação.