Análise: sem poder de fogo e com defesa exposta, Fluminense repete erros e se complica mais

Tricolor faz péssimo 1º tempo, reage na 2ª etapa, mas peca nas finalizações, leva segundo gol em contra-ataque do Ceará no fim e perde mais uma no Brasileirão

O Fluminense perdeu de novo e se complicou ainda mais no Brasileirão. A derrota, desta vez, foi para o Ceará por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, no Castelão. Com 30 pontos, o Tricolor corre o risco de entrar na zona do rebaixamento ao fim da 29ª rodada, caso o Cruzeiro vença o Botafogo nesta quinta. Depois de um péssimo primeiro tempo, o Tricolor reagiu na segunda etapa, pressionou, mas voltou a apresentar erros recorrentes: pecou nas finalizações e deixou espaços na defesa.

Após o empate com a Chapecoense no fim de semana, o técnico Marcão promoveu o retorno de Ganso à equipe, com o camisa 10 formando o setor ofensivo com Nenê, Marcos Paulo e Yony González.A partida

A atuação do Flu na primeira etapa, no entanto, foi preocupante. O time não mostrava combatividade na marcação, errava muitos passes e ainda dava espaços na defesa. Tanto que não ameaçou e viu o adversário chegar ao menos três vezes com perigo.

Com a ideia de jogo de Marcão de fazer uma pressão alta, é necessário que os atacantes sejam mais intensos no combate. O primeiro gol marcado pelo Ceará foi um exemplo do que acontece: um lançamento longo que pegou a zaga no meio-campo, precisando correr atrás de Bergson.

Nenê e Ganso, ambos mal na partida, não conseguiam reger o meio de campo tricolor. Marcão, então, fez logo duas substituições no intervalo: sacou Nenê e Marcos Paulo e lançou Wellington Nem e João Pedro.

O time voltou com outra postura no segundo tempo, mais ligado no jogo e com mais intensidade. Isto, somado ao recuo do Ceará, que procurou apenas se defender e sair em contra-ataques, mudou o panorama da partida.

O que levanta novamente o debate: é possível usar Nenê e Ganso juntos? Neste jogo contra o Ceará, a saída de um deles melhorou instantaneamente o time e deu justamente o que faltou ao Fluminense: intensidade.

O Tricolor teve a bola durante quase todos os 45 minutos finais, finalizou 17 vezes, mas faltou capricho. Foram diversos chutes para fora, sem força e cabeceios de pouco perigo. A melhor chance foi um carrinho de João Pedro na segunda trave após desvio de Yony em cobrança de escanteio.

Diferentemente do jogo anterior, contra a Chapecoense, Marcão demonstrou boa leitura de jogo e melhorou o time com as substituições. Mas foi assombrado pelo mesmo fantasma da era Fernando Diniz: a incrível incapacidade tricolor de fazer gols.

Já nos acréscimos, o Tricolor voltou a se expor na defesa e foi castigado no único contra-ataque que o Ceará encaixou durante toda a 2ª etapa.

Em meio a pressão e ameaça do rebaixamento, o Fluminense retorna na tarde desta quinta-feira ao Rio de Janeiro e tem apenas um dia de trabalho antes de encarar o Vasco, no sábado, pela 30ª rodada.

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