Zé de Lessa, do BDM, comandou assalto a carro-forte em 2017, confirma polícia

José foi morto pela polícia após nova tentativa de roubo

Baiano José Francisco Lumes, o Zé de Lessa, morto em confronto com a polícia na quarta-feira (4) foi identificado como autor do assalto ao carro-forte em 6 de junho de 2017, na região de Amambai, a 352 quilômetros da Capital. Bandido mais procurado da Bahia, Zé de Lessa estava morando em Coronel Sapucaia, região de fronteira como Paraguai.

Em 2017 o assalto ao carro-forte ocorreu de maneira semelhante à tentativa de roubo da última segunda-feira (2). Naquele dia 6 de junho, um carro-forte da empresa de transporte de valores Brinks foi explodido com dinamites e também a tiros de fuzil. O bando responsável pelo crime estava em um Renault Duster verde e não foi detido.

Conforme o delegado Fábio Peró, da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros), Zé de Lessa comandou o roubo de 2017, mas não há confirmação se o restante do bando, morto na última quarta-feira, também teve participação. Naquele assalto foi levada quantia em dinheiro, que na época foi estimada em mais de R$ 500 mil.

Mortes e identificação
Após a tentativa frustrada dos bandidos de roubarem um carro-forte da Brinks na segunda-feira, ocasião em que os explosivos não conseguiram nem abrir a porta do veículo, os cinco bandidos acabaram morrendo em confronto com a polícia. Após a morte, documentos pessoais foram encontrados e três identidades foram confirmadas.

Segundo a delegada Larissa Serpa, até o momento foram confirmadas as identidades de Zé de Lessa, também de Cleiton Alves dos Santos e Iata Anderson Mateus Santos Oliveira. Documentos nos nomes de Inácio José Cerqueira e Roberto Carlos Paes também estavam no local, mas como todos têm indícios de falsificação, a polícia ainda trabalha na identificação.

A polícia agora ainda tem 10 dias para encerrar o inquérito do caso, que é tratado como posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, roubo na forma tentada, roubo de transporte de valores, pelo concurso de pessoas, integrar ou promover organização criminosa, roubo pelo emprego de arma de fogo e sequestro.

Relembre o caso
Na segunda-feira (2), os cinco bandidos estavam em um Jeep na Rodovia MS-156 e encontraram de frente o carro-forte. Foi feito disparo de fuzil, que chegou a atingir o vidro da frente do veículo de transporte de valores, quando os ocupantes então fizeram manobra evasiva e saíram da pista.

Os transportadores saíram do veículo, trancaram e correram para um matagal nas margens da rodovia. Os bandidos então colocaram os explosivos, que por não terem sido usados corretamente ou por serem antigos, resultaram em uma explosão de baixa ordem, que não chegou a abrir a porta do carro-forte.

Na fuga, o Jeep não teria funcionado, então os bandidos atearam fogo no veículo para dificultar acesso da polícia. Eles fugiram primeiramente em um caminhão e depois roubaram um C4 Pallas preto, que não foi encontrado até o momento. Desde então equipes policiais fizeram buscas pelos bandidos, que foram encontrados em uma chácara.

Na manhã de quarta-feira as equipes do DOF DOF (Departamento de Operações de Fronteira), Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e CGPA (Coordenadoria Geral de Patrulhamento Aéreo), com helicóptero da polícia, foram até a chácara e teriam sido recebidos a tiros.

Quatro bandidos morreram e o proprietário da chácara, motorista da Prefeitura de Coronel Sapucaia, foi preso. Horas depois o quinto integrante da quadrilha foi encontrado pela equipe da CGPA e chegou a atirar contra o helicóptero. Ele também morreu em confronto com os policiais.

Diversas armas entre fuzis de grosso calibre e até mesmo uma .50, capaz de derrubar aeronaves, e uma metralhadora AK-47, além espingardas e pistola foram apreendidas. Várias munições também foram encontradas no local e todo material foi encaminhado para a delegacia.

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