Vereador diz que não tem mais como Bernal escapar de CPI, após dono da Salute depor

Os vereadores da CPI do Calote avaliam que não tem mais como o prefeito Alcides Bernal (PP) escapar de ser convocado para prestar esclarecimentos na comissão investigativa. O presidente da CPI, vereador Paulo Siufi (PMDB), chegou a dizer que seria favorável até a abrir de uma vez uma comissão processante.

A empresa Salute é investigada por suspeita de irregularidades. Instituída em abril de 2013, a empresa fechou em junho contratos avaliados em R$ 5,8 milhões com a prefeitura.

A oitiva com Érico Barreto, um dos sócios da Salute, foi na tarde desta segunda-feira (12). O relator da CPI, vereador Eliseu Dionísio (PSL), declarou que na avaliação dele a empresa é mais uma fantasma.

“Para mim, a Salute é mais uma empresa fantasma dessa gestão. Vou discutir com os colegas a necessidade, que ficou bastante evidente, de abrir uma CPI para investigar contratos emergenciais”, frisou.

Independente de conseguir a CPI nesta tarde, Eliseu informou que vai conversar com outros vereadores para conseguir o número suficiente de assinaturas para poder investigar esses contratos emergenciais.

Sobre a possibilidade de abrir uma CPI específica para contratos de emergência, o presidente da Comissão disse que ‘nem precisa’. “Ao invés de abrir CPI para contratos emergencial, sou favorável a abrir logo uma comissão processante”, disparou.

Na opinião de Siufi não tem mais como Bernal escapar de uma convocação. “Não sei nem como definir se o menino que depôs é atravessador ou laranja”, declarou, se referindo a Barreto.

Após o termino da oitiva, os vereadores se reuniram a porta fechadas para decidir sobre a possível convocação do prefeito e a criação de uma CPI específica para contratos emergenciais.

Salute

Segundo investigações da CPI do Calote, a Salute teria sido contratada por Bernal mesmo inabilitada para a licitação. A microempresa faturou sem licitação R$ 4,3 milhões da prefeitura de Campo Grande para o fornecimento de alimentos para creches e escolas municipais da Capital.

Além do contrato sem licitação de R$ 4,3 milhões, a Salute venceu ainda a maioria dos lotes do Pregão Presencial 033-2013, no valor de R$ 1,5 milhão. A microempresa foi constituída no dia 1º de abril deste ano, segundo dados da Junta Comercial do MS, com capital de R$ 50 mil.