Veja, em detalhes, como o Santos usou a 1ª parcela da venda de Rodrygo

O Conselho Deliberativo do Santos criou, em agosto de 2018, uma comissão temporária para acompanhar o uso do dinheiro da venda de Rodrygo ao Real Madrid (ESP).

Gazeta Esportiva teve acesso ao primeiro parecer, assinado pelos conselheiros Ivam Jardim Ariante, José Augusto Faia Conrado, José Geraldo Gomes Barbosa e Rodrigo da Matta Marino. O documento leva em consideração os 20 milhões de euros da primeira parcela – a segunda, com a outra metade, caiu em julho deste ano nas contas do Peixe e ainda não houve tempo para avaliação.

O valor total disponibilizado em 10 de julho de 2018 foi de R$ 89.361.876,90 e o Alvinegro optou por receber de forma fracionada. A primeira entrada ocorreu em 23 de julho e a última em 5 de outubro. O câmbio médio foi de R$ 4,46 para cada euro.

Veja como o Santos recebeu a primeira parcela de Rodrygo (Gazeta Esportiva)

Os quase R$ 90 milhões foram gastos na sua maioria para salários do elenco e funcionários (52,81%). A conta fecha com 32,22% com aquisição de atletas (Gabigol, Felippe Cardoso, Carlos Sánchez e Jackson Porozo), 10,69% com acordos gerais e trabalhistas e 4,28% para outras despesas (pequenos pagamentos de fluxo de caixa não especificados).

Os maiores custos, além dos vencimentos, apareceram com R$ 11 milhões de parcela do acordo com a Doyen Sports e outros R$ 7 milhões ao Wolfsburg (ALE) por Bruno Henrique, em dívida herdada da antiga gestão, de Modesto Roma.

Documento mostra como o Santos usou a primeira parcela de Rodrygo (Gazeta Esportiva)
Dentre os acordos judiciais, o Santos precisou pagar quantias referentes a Robinho, Bruno Peres, Montillo, Cleber Reis, Lucas Lima, Leandro Damião, Ricardo Oliveira, além de intermediações pela renovação de David Braz e Victor Ferraz.

A comissão temporária sugere 2 milhões de euros (R$ 9 milhões) – 10% dos 20 milhões restantes (R$ 90 mi) -, para investimento nas categorias de base. Os conselheiros destacaram que a criação do grupo ocorreu após o recebimento da primeira parcela, o que inviabilizou discussões e conselhos ao presidente José Carlos Peres e demais membros da diretoria.

 

 

gazetaesportiva