Veja as principais armadilhas na trajetória profissional

Situações do cotidiano profissional podem atrapalhar o alcance dos objetivos, as chamadas armadilhas da carreira que, muitas vezes, os profissionais não sabem como lidar. Isso acaba comprometendo o plano de carreira, recurso fundamental para a profissão de qualquer pessoa que pretende trilhar uma trajetória promissora.

A especialista em carreiras, RH e gerações Eline Kullock explica que o comportamento não só do profissional mas também de seus pares pode comprometer a carreira. “Em muitas situações podemos ser ‘traídos’ por hábitos que podem impedir nosso crescimento profissional”, explica.

Veja sete atitudes listadas pela especialista que são consideradas armadilhas para qualquer profissional:

1. Resolvo tudo por tentativa e erro
A vida profissional não pode ser retratada como os jogos de videogame. É preciso haver um foco e não acreditar que se errar, está tudo bem. “A nossa realidade é diferente dos jogos, onde nos permitimos errar diversas vezes para alcançar um objetivo. Na nossa vida, devemos ter ações assertivas, pois, independentemente das situações, muitas vezes não há espaço para tantos erros”, diz Eline.

2. Um ano em cada lugar é o suficiente
A geração Y (nascidos entre o final da década de 70 e meados da década de 90), em sua maioria, tem facilidade em trocar de empregos, seja por insatisfação ou por acreditar que já absorveu tudo dentro daquela organização. “Viver nessa mudança constante impede que o profissional conheça na essência todos os processos de inovação e trabalho da empresa. Fica tudo superficial e impede que você evolua como profissional tanto quanto se ficasse alguns anos no mesmo local”, observa Eline.

3. Resolvo tudo pela internet
A tecnologia nos traz muito conforto, praticidade e rapidez na resolução de problemas, principalmente para as gerações Y e Z (nascidos a partir da segunda metade da década de 90). Mas não é possível desenvolver uma relação construtiva e produtiva por meio de uma tela de computador ou de smartphone. “Para evoluir profissionalmente, é válido deixar a tecnologia e valorizar o olho no olho”, diz.

4. Experiências do passado não contam nos dias de hoje
Qualquer pessoa que não aprende com as experiências do passado certamente não sabe aonde quer chegar no futuro, explica Eline Kullock. É imprescindível valorizar a sua história, erros e acertos e a sua experiência de trabalho já realizada. A partir disso, é possível crescer não só como profissional, mas como pessoa e agregar valor à sua carreira.

5. Hierarquia não conta mais
De acordo com Eline, as relações dentro do ambiente corporativo estão mais informais, especialmente em empresas de menor porte e onde os colaboradores são de gerações mais novas. “A hierarquia existe, sim, e deve ser respeitada. A estrutura da empresa foi construída para que cada setor da corporação se organize e realize os trabalhos de maneira ordenada”, explica.

6. As pessoas são automotiváveis
“Este é um dos grandes erros dos tempos modernos. As pessoas precisam receber motivação dos seus chefes para que se sintam ‘provocadas’ em adquirir conhecimeto”. Isso, além de ajudar no relacionamento entre o líder e o colaborador, auxilia no engajamento de todos no ambiente corporativo e aumentar a produtividade.

7. Os bons aprenderão por esforço próprio
Para a especialista, as empresas precisam que todos, ou a maior parte dos colaboradores, sejam mentores uns dos outros. “É verdade que alguns têm a capacidade de aprender sozinhos, mas é importante que o ambiente de trabalho seja um lugar colaborativo, onde uns ajudam os outros, sendo da mesma área ou de setores diferentes. As pessoas têm sido mais individualistas e nadar contra a corrente tende a torná-lo um profissional diferente”, orienta Kullock.

Fonte: G1