Trabalhadores da Enersul entram em greve nesta quinta-feira e pedem fim de cortes

Os trabalhadores da Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul) entraram em greve nesta quinta-feira (04), por dois dias. Segundo eles, este prazo ser estendido, caso não haja acordo. Eles protestam contra a perda de benefícios trabalhistas, que vem acontecendo, segundo eles, desde que a empresa Energisa assumiu o controle da Enersul.

Há cerca de 600 trabalhadores parados em frente da sede da empresa, localizada na Avenida Guri Marques, em Campo Grande, saída para São Paulo.

De acordo com o presidente do Sinergia – MS (Sindicato dos Eletricitários de Mato Grosso do Sul), Elvio Marcos Vargas, a nova administração quer reduzir a participação nos lucros e resultados dos trabalhadores.

“Atualmente nós ganhamos, anualmente, dois salários mínimos com esse benefício, contudo, eles querem baixar para 0,8, ou seja, menos de um salário”, reclama.

Outro ponto que incomoda os trabalhadores é a possível mudança do nome de Enersul para Energisa.

“Nós não aceitamos isso, pois vai descaracterizar nossa cultura, porque todo sul-mato-grossense conhece o nome Enersul. Sem falar que nossa empresa já foi comandada por cinco administradores diferentes, não sabemos se a Energisa vai vender para outra empresa mais para frente”, ressalta.

Desde que foi privatizada, em 1997, a Enersul foi controlada pela Escelsa; EBP de Portugal; Rede; Anel (Agência Reguladora de Energia Elétrica) e, finalmente, pela Energisa.

Resposta da Enersul/Energisa para a greve

De acordo com a assessoria de imprensa da Enersul, a empresa vem buscando alcançar um equilíbrio financeiro, em virtude de ter passado por uma recente recuperação judicial.

A empresa diz que, no mês passado, foram abertas negociações coletivas de trabalho, com a finalidade de firmar um Acordo Coletivo de Trabalho, contudo, não houve uma solução definitiva, embora tenha havido grandes avanços. A Enersul diz que busca a melhor solução para atender funcionários, equilibrar investimentos e garantir o fornecimento dos serviços aos consumidores de todo o Estado.

Por fim, a empresa afirma que os serviços prestados à população serão mantidos e espera que o sindicato cumpra a Lei de Greve, cuja regra diz que 30% dos trabalhadores devem permanecer trabalhando normalmente.

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