Tereza Cristina tem apoio por saber o “caminho da roça”

Deputados estaduais destacam a vocação dela para assumir ministério

Por Izabela Jornada Renata Volpe Haddad

A deputada federal Tereza Cristina (DEM), futura ministra da Agricultura no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), sabe o “caminho da roça”, de acordo com os deputados estaduais de Mato Grosso do Sul. Eles não contiveram elogios à futura ministra e se disseram orgulhosos com o Estado sendo representado mais uma vez em um ministério.

O deputado Zé Teixeira (DEM), correligionário de Tereza, disse estar muito satisfeito com a indicação de Bolsonaro. “Ela sabe o caminho da roça. É uma pessoa muito fácil de lidar, afável, muito inteligente e entende o setor de cor”, declarou.

Quem também teceu elogios à Tereza foi o parlamentar Rinaldo Modesto (PSDB). “Ela é de uma simplicidade, ela não ostenta. O conhecimento que Tereza tem, a vocação no agronegócio é algo especial”.
Durante o uso da tribuna, Modesto disse também que Jair Bolsonaro teve sabedoria ao escolher quem cuidaria do Ministério da Agricultura. “O presidente eleito teve sabedoria em receber alguém da envergadura da Tereza. Nosso país ganha com isso”.

Maurício Picarelli (PSDB) também parabenizou a futura ministra. “Ela é líder de uma das bancadas mais expressivas, que é a ruralista, e nosso estado vai se engrandecer com a escolha de Tereza”, declarou.

Segundo Herculano Borges (Solidariedade), Tereza Cristina, além de ter sido escolhida por Bolsonaro, teve o nome indicado pela própria bancada para assumir o ministério. “Ela tem o apoio de todos, tanto do presidente como da bancada. Com Tereza no ministério, vai facilitar os trâmites das matérias e ter um olhar diferente para o Estado, ainda mais nessa pasta tão importante em que gira boa parte da economia de Mato Grosso do Sul”, comemorou.

Lídio Lopes (Patriotas) lembrou da última indicação do presidente Michel Temer (MDB) na escolha do nome de Carlos Marun (MDB) para compor a secretaria de Governo. “Me sinto honrado em ser cidadão sul-mato-grossense. Nosso Estado tem pessoas competentes, dignas e sérias para ser representado no cenário federal”, avaliou.

A nova ministra da agricultura atuou por oito anos na secretaria estadual de Desenvolvimento. A deputada foi reeleita para mais quatro anos de mandato na Câmara Federal, com 75.068 votos. No segundo turno, visitou duas vezes o então candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro e registrou os momentos dos encontros nas redes sociais.  Tereza levou o apoio também do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o presidente eleito gravou um vídeo com ela e mais dois amigos, desejando boa sorte ao governador.

Ela é a primeira mulher ministra anunciada no governo de Bolsonaro. A bancada ruralista já tinha indicado o nome da deputada para o ministério da Agricultura. A indicação foi feita por um grupo de 20 integrantes da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), em reunião no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde funciona o gabinete de transição de governo. A bancada ruralista no Congresso Nacional reúne aproximadamente 260 parlamentares.

Engenheira agrônoma e empresária, Tereza Cristina é presidente da FPA e tem uma longa trajetória no setor. Ela foi secretária de Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de Mato Grosso do Sul entre 2007 e 2014.