Suspensão de licitações deixa população sem aulas e sem remédios em Bodoquena

Cerca de oito mil moradores enfrentam um caos no atendimento dos serviços públicos, principalmente de saúde e educação, no município de Bodoquena, distante 266 km da Capital. Isso porque, com o impasse político envolvendo a administração municipal e vereadores de oposição, foram suspensas oito licitações por falta de dotação orçamentária.

Dentre as quais, a licitação para compra da merenda escolar. Assim, a prefeitura suspendeu as aulas por tempo indeterminado, comprometendo o ano letivo dos alunos. Os ônibus do transporte escolar também estão parados.

Além da falta de alimentos, também não há verba para pagamento dos salários de funcionários e professores convocados. Até mesmo os estagiários que atendiam aos órgãos públicos municipais foram dispensadas por falta de verba no caixa da
prefeitura.

O operador de caldeira, Geraldo Fereira Guimarães Neto, de 33 anos, reclama da situação enfrentada pela população. “Meu filho de seis anos está sem ir à escola, porque as aulas não foram iniciadas no dia 1º de agosto”, lamenta.

Outro setor atingido com a falta de recurso financeiro no município é a saúde. O atendimento básico já está totalmente prejudicado nos postos com a falta de medicação de uso diário e contínuo, além de ambulâncias paradas. A previsão é de falta também de produtos utilizados nos postos como: gazes, esparadrapo, seringas, soro fisiológico.

Até mesmo as obras foram suspensas no município por falta de manutenção dos veículos da Secretaria de Obras. A situação pode piorar ainda mais na cidade. O prefeito Jun Hada admitiu a possível suspensão de outros serviços públicos, dentro dos próximos dias.