SP: protesto de caminhoneiros complica trânsito na marginal Pinheiros

Uma manifestação de caminhoneiros, que teve início às 7h desta terça-feira, interditou três faixas local da marginal Pinheiros no sentido Castello Branco, na região da rua Hungria. Trabalhadores protestavam em frente ao prédio da BRF (Perdigão-Sadia) e pediam a presença do empresário Abílio Diniz, presidente do Conselho Administrativo do grupo. Cerca de 20 caminhões interditavam a via, que teve apenas uma das faixas liberadas para a passagem de veículos.

 

Por volta de 8h20, a Companhia de Engenharia de Tráfego registrava 11,1 quilômetros de lentidão na pista local e 3,8 quilômetros na pista expressa. No sentido contrário, a lentidão era de 5,6 quilômetros, entre a ponte Eusébio Matoso e a rodovia Castello Branco.

 

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De acordo com um dos líderes dos manifestantes, o caminhoneiro Sérgio Cotrin, o grupo reclama contra a mudança do sistema de entregas da empresa, que passou a utilizar funcionários do próprio grupo para fazer a distribuição das mercadorias, não utilizando mais os caminhoneiros autônomos.  “Eles (BRF) têm nos espremido financeiramente. Reduziram o nosso faturamento dia após dia e nos últimos 3 meses, de forma drástica, nos deixaram sem produtos. Estamos desabastecendo o mercado e não estamos conseguindo atender as panificadoras, lanchonetes e bares com leite, porque o restante dos subprodutos, como manteiga, eles já retiraram da nossa mão”, reclamou Cotrin.

 

Os caminhoneiros autônomos dizem que já tentaram negociar com a empresa, mas só aceitam a presença de diretores. “Queremos conversar com o Abílio Diniz ou com o Fay (José Antonio do Prado Fay, diretor presidente da empresa), pois do vice-presidente pra baixo nós já falamos com todo mundo”, disse.

 

De acordo com Cotrin, cerca de 60 distribuidores autônomos sentiram-se prejudicados pela atitude da BRF. “Saímos de 2007 com R$ 32 milhões (de faturamento mensal para a frota no Estado), para hoje termos algo em torno R$ 3 milhões”, disse.

 

Uma viatura da CET e outra da Polícia Militar acompanhavam a manifestação, que seguia pacífica. Por volta de 8h30, representantes dos manifestantes foram recebidos pela direção da empresa, para uma reunião, mas não chegaram a nenhum acordo. Às 9h, a pista foi liberada pelos manifestantes, que prometeram outros protestos em datas a serem definidas.

 

Trânsito em São Paulo
Em toda a cidade, eram registrados 57 quilômetros de congestionamento às 8h30. O pior trecho estava exatamente na marginal Pinheiros, na região do protesto. Já na marginal Tietê, a lentidão era de 5,4 quilômetros, no sentido Castello Branco, entre a ponte Aricanduva e a ponte da Vila Guilherme, na pista local.

 

Na Radial Leste, a lentidão no sentido centro era de 2 quilômetros, e ia do viaduto Aricanduva até a rua Dona Matilde. Já o corredor Norte-Sul registrava 2,3 quilômetros de congestionamento no sentido aeroporto, na região da avenida Tiradentes.

 

Terra