Site da UEMS também é hackeado como forma de protesto

Foto: Divulgação/Facebook, Eles utilizam a frase: Alunos Professores #VemPraRua Não é por 20 centavos

Com ondas de protesto por todo o Brasil, chegou a hora dos hackers fazerem festas em sites da Capital. Na tarde desta terça-feira (25), os sites da Assessoria em Educação a Distância da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), http://www.ead.uems.br/ e do portal da universidade, http://www.uems.br/portal/, também foram hackeados como forma de protesto. 

Na tarde desta segunda-feira (24), O site da Prefeitura de Campo Grande foi invadido por hackers e ficou inacessível. Um grupo intitulado “Nax” publicou em uma página do Facebook que o ataque ao site é uma forma de protesto.

O MS Record.com.br entrou em contato com a assessoria da UEMS, que confirmou ter sofrido o ataque hacker. Ainda, segundo as informações, a administração trabalha para organizar os sites novamente.

A princípio uma mensagem foi deixada no portal da universidade, juntamente com uma foto, que já foi retirada pelos administradores do site da UEMS. 

“O nosso jovem Estado de Mato Grosso do Sul vive a maior revelação de corrupções de sua história. Os noticiários mostram a participação direta do governador André Puccinelli, da Assembléia Legislativa, do Judiciário e até mesmo do Ministério Público Estadual. Num primeiro momento, o governador, que controla a maior parte da mídia local, tentou abafar o caso. Depois tentou passá-lo como uma “armação eleitoreira montada”. Mas na internet, principalmente nas redes sociais e blogs, o assunto obteve enorme proporção, de maneira que não teve como ser escondido pela imprensa local e nacional.

Gravações realizadas pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, divulgadas na internet, flagraram o primeiro-secretário da Assembléia Legislativa Ary Rigo (PSDB) revelando claramente que o governador André Puccinelli encabeça um esquema de corrupção que envolve os 3 poderes do estado. Rigo diz que repassa mensalmente, em dinheiro, 2 milhões de reais a Puccinelli. Parte desse dinheiro é destinada a membros do Tribunal de Justiça (R$ 900.000) e do Ministério Público (R$ 300.000) em troca de favores processuais e amenização de denúncias para aliados do governador.

Rigo cita especificamente que Puccinelli e ele intercederam junto às autoridades para evitar que o prefeito ora afastado de Dourados Ari Artuzzi fosse preso já há alguns meses. Mas Artuzzi foi preso depois pela Polícia Federal na Operação “Uragano” (que quer dizer “Furacão” em italiano), evidenciando que os acontecimentos de Dourados eram só o indício de uma corrupção muito mais abrangente, entranhada nos 3 poderes de MS.

Outra revelação revoltante do aliado tucano do governador serrista que demonstra a promiscuidade entre os poderes de MS é a mensalidade ilegal de 120 mil reais que a maioria dos deputados recebia “por fora”, agora reduzida para 42 mil reais por causa da Lei da Transparência, da qual ele reclama no vídeo, como que zombando do povo! Durante 04 anos esses deputados e o governador fazem um caixa milionário com dinheiro do povo para depois na eleição comprar o voto do próprio povo!

A cada “explicação”, o governador e os demais envolvidos se complicam e são desmentidos por documentos oficiais. Tentam explicar o inexplicável. Tentam confundir a opinião pública através de parte da mídia – “imprensa cupincha” – que lhes é servil! Mas o povo está indignado e os movimentos sociais se mobilizam. O “argumento” de que era uma “montagem eleitoreira” já foi desfeito, pois os fatos já são objeto de procedimentos formalizados pelos órgãos competentes pela apuração.

Chegou a hora de varrer o lixo da política sul-mato-grossense que se autosustenta e se autoprotege através das instituições. A promíscua relação Governador-Assembléia-Tribunal-Ministério Público, com a conivência da mídia local, precisa ser apurada e os responsáveis punidos e afastados de seus cargos. Isso só acontecerá com a mobilização do povo. É hora de irmos às ruas! Temos a oportunidade histórica de livrarmos o nosso estado de um esquema de poder que vem de muito tempo, sempre acobertado, mas que agora nos saltou aos olhos!”.

MS Record