Sistema identifica fraudes no seguro-desemprego em 9 cidades de MS

RODOLFO CÉSAR

O Ministério Trabalho (MTb), por meio de um sistema antifraude implantado no pagamento de seguro-desemprego, identificou que em Mato Grosso do Sul R$ 187,7 mil foram pagos irregularmente entre dezembro de 2016 e abril deste ano. Ao todo, 33 casos acabaram encontrados e o dinheiro era liberado para trabalhadores e desviados por criminosos.

Três Lagoas foi a cidade onde aconteceu a maioria desses desvios, totalizando R$ 63.306,00. Em Campo Grande, que foi o segundo município com mais casos registrados, houve o bloqueio de R$ 36.233 em pagamentos. No total, as irregularidades eram cometidas em nove cidades.

Conforme o Ministério do Trabalho, todas as fraudes encontradas no Estado eram na modalidade emprego formal. O sistema de Detecção e Prevenção à Fraude no Seguro-Desemprego (Antifraude) entrou em funcionamento em dezembro de 2016 e continua realizando monitoramento. O órgão federal não divulga como ocorre o cruzamento de dados para tentar manter a eficácia do procedimento.

Esse mesmo processo já está sendo utilizado em todo o País e desde quando foi implantado teria contribuído na economia de R$ 965.589.391,00 aos cofres públicos, conforme informou o MTb. Em números nacionais, os bloqueios em pouco mais de um ano já chegaram a 62 mil requerimentos, totalizando R$ 313,695.406,00.

“Esses recursos seriam levados por quadrilhas organizadas que, ao longo do tempo, fraudaram e roubaram o dinheiro dos cofres públicos, mas agora elas estão sendo identificadas e interceptadas, com o uso da tecnologia de ponta”, afirmou o ministro do Trabalho substituto, Helton Yomura.

Além de rastrear os pedidos no caso do emprego formal, o mesmo acontece com o emprego doméstico, de pescador e bolsa qualificação. “Construímos no Ministério do Trabalho uma Arquitetura de Informação, tipo Big Data, para combate à fraude”, disse o secretário-executivo do MTb, Leonardo Arantes.

Além de realizar o bloqueio, o ministério, em conjunto com a Polícia Federal, pode realizar operações para prender os fraudadores. Desde dezembro de 2016 já foram cinco ações deflagradas e 31 pessoas terminaram presas.