A presidente do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados (Simted), Gleice Barbosa, acredita que a adesão pela greve dos professores será em massa na cidade de Dourados. A paralisação começa na próxima quarta-feira, dia 15.
“Não podemos precisar se 100% das escolas municipais, estaduais e Ceims vão aderir a paralisação nacional. Mas pelo que foi discutido em assembleia, a adesão por parte dos educadores foi unânime”, explica a presidente. A greve é uma espécie de protesto contra a Reforma da Previdência do Governo Federal.
Não há dia específico de quando o projeto da Previdência será votado no Congresso, mas a expectativa é de a aprovação ocorra ainda neste primeiro semestre. Ontem, durante reunião com o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social, o presidente Michel Temer reclamou que o projeto incomoda apenas “quem ganha mais”.
A paralisação da semana que vem tem como medida enfraquecer o governo, de forma a ele repensar em uma série de itens sobre o texto da reforma, dentre elas a aposentadoria apenas aos 65 anos de idade. Desde o início da semana diretores de escolas e coordenadores de Ceims estão discutindo sobre a greve de forma interna, em cada unidade de ensino.
Nos Centros de Educação Infantis uma lista estaria colhendo nome dos educadores que vão cruzar os braços. Conforme a adesão, cada unidade se posicionará se fechará as portas 100% ou se receberá os alunos com número reduzido de profissionais, da mesma forma que ocorreu em greves passadas. A Secretaria Municipal de Educação, por meio de nota, comunicou que a greve que inicia no dia 15 é legítima e que entende que toda a reivindicação por direitos é válida. Informou ainda que a liberdade deve ser respeitada e que os pais dos alunos devem ficar atentos ao movimento de paralisação.
Flávio Verão