Sindicalista é preso durante operação da PF de combate a pedofilia

Moisés Sanches Marques, 38 anos, trabalhava como diretor de comunicação e relações públicas, no Sindasp/ MS

O sindicalista preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (30), na operação Patruus II, é Moisés Sanches Marques, 38 anos. Ele trabalhava como diretor de comunicação e relações públicas no Sindasp-MS (Sindicato dos Agentes de Segurança Patrimonial Públicos de Mato Grosso do Sul). A ação, que ocorre em Campo Grande e Bonito, é contra a pedofilia e pornografia infantil e também cumpriu mandados de busca e apreensão.

De acordo com Wilson Canhete da Rosa, presidente do sindicato, Moisés era membro da diretoria do Sindasp-MS há cerca de 10 anos. “Foi uma surpresa para todos nós. Me sinto com uma apunhalada na costas. Para mim é como se um filho que tivesse me traído, porque há muito tempo ele frequenta minha casa e nunca imaginei”, comentou.

De acordo com a investigação da PF, Moisés usava o computador do sindicato, que fica na Rua Aimoré, na Vila Piratinga, para armazenar imagens de pornografia infantil. Conforme apurado pela polícia, o equipamento era de uso exclusivo dele e foi apreendido.

“Trabalhamos na confiança aqui, não poderíamos imaginar isso. Vou me certificar da denúncia, mas se isso for confirmado, é um caso isolado e muito triste para nós”, disse Canhete.
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Prisões e apreensões –

Além do sindicalista, um jovem foi preso em flagrante por porte de drogas. Ao cumprir o mandado de busca e apreensão, a polícia encontrou 200 gramas de maconha. Os agentes da PF recolheram os equipamentos e droga.

Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, sendo 11 em Campo Grande e um na cidade de Bonito. Entre os mandados da Capital, sete foram cumpridos em residências e quatro dentro de empresas, como o sindicato e uma empresa provedora de internet. A localização dos suspeitos foi obtida graças à união de uma empresa norte americana com a PF.

Conforme o delegado que comanda a investigação, Marcelo Alexandrino de Oliveira, a empresa localizou IPs – número que computador recebe quando se conecta à internet -, de computadores que faziam armazenamento ou compartilhamento dos conteúdos de pornografia infantil e repassou para a Polícia Federal brasileira.

Petruus II – A operação começou a ser realizada em julho de 2016, quando a PF prendeu um cadeirante, em Campo Grande, que abusava sexualmente da sobrinha. ‘Patruus’, em latim, significa tio.

Conforme informado durante a entrevista coletiva, os pais deixavam os sobrinhos com o tio e ele abusava sexualmente e fazia vídeo das crianças.

Todos os materiais das buscas e apreensões foram levados para a sede da Superintendência Regional da PF em Mato Grosso do Sul, a fim de instruírem procedimento investigatório.

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