Simone dispara contra Bolsonaro culpando presidente de agravar crise no País

Depois de dizer que Jair Bolsonaro (PSL) ajudaria mais a Reforma da Previdência se ficasse calado, a senadora Simone Tebet (MDB) voltou a disparar contra o presidente dizendo que por causa da crise política provocada por ele, a crise econômica do País vai demorar a passar.

“Gastamos horas discutindo as suas frases infelizes. Esse clima que tomou conta do Brasil deveria ter se encerrado nas urnas. Bolsonaro continua no palanque, disseminando esse clima de radicalização. E a crise econômica que está dominando o País vai demorar mais para passar por causa de uma crise política provocada pelo próprio presidente”, afirmou a senadora sul-mato-grossense em entrevista à Revista Época.

Segundo Simone, a conduta de Bolsonaro tem prejudicado o País porque diante da necessidade de avanço na pauta econômica para retomada do desenvolvimento, o presidente segue polarizando questões menores e estimulando um debate ideológico que cria um fosso dentro da sociedade.

Na avaliação dela, ele deveria dizer muito obrigado ao Congresso Nacional pela aprovação da Reforma da Presidência, ‘o invés de estimular o seu público nas redes sociais, sobretudo os radicais, a dizerem que aqui no Congresso todos representam a velha política, agem na base do toma lá dá cá e do fisiologismo’. Ela lembrou ainda das manifestações de Bolsonaro enquanto o projeto tramitava na Câmara. “Em diversos momentos o presidente da República, com suas frases infelizes, contaminou o processo”, disse.

Sobre o projeto da reforma, que tramita no Senado desde 8 de agosto, Simone informou que o parecer do relator da CCJ, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), deve ser concluído na quarta-feira (28) e submetido a votação final em plenário no dia 4 de setembro

Enbaixada

Questionada sobre a indicação de Eduardo Bolsonaro (PSL) para o cargo de embaixador nos Estados Unidos, Simone voltou a criticar a postura do presidente. “Ele disse que gostaria de dar filet mignon para os filhos. Ora, temos mais de 13 milhões de pessoas que estão abaixo da linha da pobreza, vivendo com até R$ 89 por mês. Com esse dinheiro não se consegue comprar nem a cesta básica. Todos nós queremos o melhor para os nossos filhos. Esse tipo de mau exemplo é que não deveria ser dado. Bolsonaro erra nisso”, afirmou, reclamando que o Senado terá de ficar paralisado pelo menos uma semana discutindo a questão.

Na avaliação dela, Bolsonaro não precisava mandar o filho para a embaixada mais importante da diplomacia brasileira em um momento de polarização comercial entre China e EUA. “Não precisávamos ficar no meio desse tiroteio e escolher um lado”, resumiu. A íntegra da entrevista pode ser conferida clicando aqui.

 

 

 

 

 

 

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