Willams Araújo
Embora sem perspectiva de atrair um aliado de peso no momento, o governador André Puccinelli (PMDB) disse na manhã desta segunda-feira (15), durante entrevista à FM Capital, que seu partido está disposto a ceder a vaga de vice na chapa majoritária que concorrerá ao governo de Mato Grosso do Sul em 2014.
A suplência do Senado também está aberta a negociações com outros grupos políticos, conforme atestou o governador, que descartou a possibilidade de o PMDB concorrer ao cargo com chapa puro sangue.
A fala do governador, no entanto, difere de entrevista concedida por ele há dias durante sua visita ao município de Anastácio, quando admitiu pela primeira vez que o partido poderia montar uma chapa formada apenas por peemedebistas.
Ainda indefinido, o PMDB deve anunciar o nome de seu candidato entre agosto e setembro deste ano, conforme adiantou recentemente o presidente da executiva regional, deputado estadual Junior Mochi, líder do governo na Assembleia Legislativa.
O comando partidário se articula para se manter hegemônico no Parque dos Poderes e, para isso, trabalha forte em favor da unidade.
Por enquanto, postulam a indicação o ex-prefeito de Campo Grande e secretário Extraordinário de Articulação, de Desenvolvimento Regional e dos Municípios, Nelsinho Trad, e a vice-governadora Simone Tebet, que também está sendo lembrada para disputar o Senado.
A meta dos peemedebistas é derrotar o candidato do PT no ano que vem, provavelmente o senador Delcídio do Amaral. O deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) também analisa a possibilidade de disputar o cargo.
Há dias, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta garantiu que a tendência do DEM, legenda que assumiu o controle no Estado, é apoiar a candidatura de Reinaldo Azambuja, o que deixa explícito mais um rompimento iminente no grupo político liderado pelo governador após a revoada de tucanos.
Apesar de falar em alianças, André garantiu que não irá interferir em eventuais composições. “Sempre buscamos parceiros e aliados, não será diferente nesta eleição, desta vez não vou dar nem meu voto, vou apenas palpitar, quem vai decidir são as lideranças do PMDB”, prometeu.
Na entrevista, André também voltou a admitir a possibilidade de cumprir seu mandato até o final. No entanto, poderá concorrer ao Senado, se esse for o desejo da cúpula do PMDB.
“Não vou disputar o Senado, sabemos que estamos na frente das pesquisas em relação aos concorrentes, mas quero que haja renovação, vou seguir o que o partido determinar e este precisa ouvir a população”, disse na entrevista concedida aos jornalistas Sérgio Cruz e Marcos Farias, do programa Tribuna Livre, da FM Capital.
Particularmente, Nelsinho também não descarta a possibilidade de o partido participar das eleições com chapa pura.