Rodovia MS-040 tem 40% das obras concluídas

Máquinas e centenas de operários vão superando o desafio de abrir e pavimentar o caminho, antes um estreito arenoso e de difícil acesso, tornando realidade uma das obras mais emblemáticas lançadas pelo governador André Puccinelli: a rodovia MS-040. Integrando as rotas de produção, a via encurta a distância entre Campo Grande e Santa Rita do Pardo e a divisa com São Paulo.

Com conclusão prevista para o fim deste ano, a rodovia denominada “Manoel Lino de Rezende” (Neco), projetada do quilômetro 17 ao quilômetro 226, está com todo o trecho primário em obras – são cinco empresas contratadas – e com 40% dos serviços finalizados, conforme relatório da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos.

O investimento do Estado é de R$ 275 milhões.

A pavimentação de 209 quilômetros da MS-040 é uma das principais obras do MS Forte 2, programa lançado em 2013 pelo governo estadual que busca consolidar e impulsionar o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, com investimentos de R$ 3,6 bilhões, dos quais 69% de recursos próprios. Parte desse dinheiro – R$ 1,5 bilhão – foi canalizada para a melhoria da infraestrutura e logística regional.

Rotas da produção

O programa rodoviário em execução integra os bolsões vazios da cadeia produtiva, incorporando à economia mais de 1 milhão de hectares, onde os futuros empreendedores dependerão de transporte para escoar sua produção. O governador André Puccinelli conclui seu segundo mandato em 2014 entregando 3,6 mil quilômetros de rodovias asfaltadas, com investimentos de R$ 2,6 bilhões.

Implantação do pavimento asfáltico em um dos trechos da pista

A implantação e pavimentação da MS-040, considerada a rota de insumos como eucalipto e carvão vegetal para as indústrias de celulose de Três Lagoas, é uma obra estratégica no processo de diversificação da matriz econômica adotada pelo governo estadual, segundo Puccinelli. “Com a logística vamos triplicar o plantio de florestas e criar novos polos de produção, como o moveleiro”, disse.

Com o MS Forte, o Estado também contempla as famílias e comunidades isoladas que moram no campo e em vilas, distritos ou municípios que até então não eram ligados por asfalto. No caso da MS-040, que corta grandes extensões de terras improdutivas por falta de estrada, o crescimento das áreas de eucalipto já é visível ao longo de todo o trecho em construção, onde também predomina a pecuária.

Obra é um desafio

A dificuldade de transporte de material usado na base e revestimento da rodovia, um dos desafios enfrentados pelas empreiteiras que executam os dez subtrechos, revela a aventura e desestímulo de quem dependia do acesso para escoar a produção. Os fazendeiros e sitiantes enfrentavam o solo arenoso, intransitável em época de chuvas, e ainda pontes de madeira estreitas e mal conservadas.

“O andamento da obra é prejudicada também com a perda do serviço, devido ao tipo do solo e excesso de chuvas”, explicou o engenheiro da Agesul Márcio Mesquita, fiscal de um dos trechos.

Acostumados a superar tais obstáculos, engenheiros e operários (em torno de 700, nos cinco canteiros) enfrentam sol e chuva para cumprir o cronograma da obra, que segue em ritmo acelerado. O pavimento (concreto betuminoso usinado a quente, com espessura de cinco centímetros) em plataforma de nove metros de largura surge em meio àquele cerrado e entrecortando as florestas de pinus.