Nesta terça-feira (15) o rio Dourados voltou a bater recordes e apresentou a maior cheia dos últimos 32 anos, atingindo nível de 6,14 metros acima do normal. Com isso a água invadiu parte da BR-163 durante a noite e início da manhã nas imediações da adutora da Sanesul e conforme o gerente da empresa Paulo César Torraca, as chuvas que não cessam são preocupantes.
“Nossa preocupação é que com a chuva que não para a cheia pode continuar. De manhã choveu muito em Antônio João, o que contribuiu para a situação”, disse.
Conforme ele, o rio subiu muito entre esta segunda-feira (14) a tarde e esta terça-feira (15) de manhã.
O Dourados News inclusive recebeu um vídeo por meio do Canal Ligado na Redação que mostra a água invadindo a BR-163 na noite de ontem (veja ao lado). Já no momento não há mais água na via e o rio “baixou” um pouco no período da tarde, mas, há o alerta em relação a situação.
“Estamos monitorando o fato, esperamos que “baixe” mais, porém precisamos que o tempo estabilize para isso”, citou.
Com as constantes chuvas da semana passada o rio havia atingido a marca de 6,04 metros acima da média normal, total superado hoje. O fato havia feito inclusive com que a captação de água fosse suspensa por duas horas, já que com a cheia que atingiu a adutora da Sanesul os equipamentos tiveram que ser desligados.
Torraca explica que medidas foram adotadas e mesmo com o maior volume do rio a água não atingiu a adutora. Ele explica ainda que caso suba mais 40 ou 50 centímetros, ainda é possível manter a captação, porém, se esse total for ultrapassado novas ações devem ser realizadas.
“Aumentamos as barreiras de contenção e colocamos mais bombas para captação da água e o trabalho da adutora segue normalmente. Se o rio subir mais um pouco ainda conseguimos continuar a captação, mas se mais que isso precisaremos analisar o que fazer”, destaca.
O Dourados News recebeu outro vídeo por meio do canal Ligado na Redação que mostra a via BR-163 nas proximidades da Sanesul no começo da tarde desta terça-feira (15). A água do rio já não atravessava mais a pista, porém, se mantinha bem próxima da estrada.