Retrospectiva 2013: alguns crimes que chocaram Mato Grosso do Sul pela crueld

Crimes, quando noticiados, chocam geralmente pela personificação do fato, pois ninguém quer ver um familiar ou conhecido envolvido em uma tragédia. Neste ano, o Midiamax noticiou diversos casos policiais, mas alguns se destacam pela crueldade.

O ano começou difícil para os moradores de Rio Brilhante, cidade onde o Maníaco da Cruz morava, porque ele fugiu da Unei de Ponta Porã. O fato foi percebido pelos agentes ao contar os adolescentes internos no dia 3 de março, uma manhã de domingo.

O jovem ficou conhecido nacionalmente como Maníaco da Cruz por escolher ao acaso as suas vitimas, que eram submetidas a uma sessão de perguntas sobre seus comportamentos sexuais antes de serem executadas por ser consideradas impuras e seus corpos posicionados em sinal de crucificação em cemitérios. Os crimes aconteceram no ano de 2008.

Preocupados, os moradores relataram a reportagem que não queriam que Dhionathan Celestrino, de 21 anos, procurasse a família na cidade após a fuga. O rapaz foi encontrado quase dois meses depois da fuga no dia 26 de abril na cidade paraguaia de Horqueta, a 160 quilômetros de Ponta Porã.

Com ele, foram achados escritos de repúdio aos católicos. Vizinhos informaram que o rapaz estava tentando se relacionar com uma mulher da cidade. Dhinathan segue sob a custódia do Estado de Mato Grosso do Sul, preso em cela isolada e com acompanhamento médico.

Filho mata queimado pai cadeirante – 18 de maio

 Raimundo Cordeiro, de 53 anos, matou o pai deficiente visual e cadeirante no da 18 de maio no bairro Los Angeles. O crime chocou os vizinhos da rua Francisco Chagas, no bairro Los Angeles, em Campo Grande.

De acordo com a polícia, o homem morava com o pai e estava deprimido após a separação. Segundo a filha do autor do crime, Raimundo estava estranho e dava indícios de que estava com alucinações, pois se sentia perseguido. Após matar o pai, o homem se esfaqueou duas vezes no tórax e foi levado para a Santa Casa.

Jovem é atropelado após briga em camarote – 19 de maio

O jovem Idenilson da Silva Barros, 20 anos, foi encontrado morto após ser atropelado no estacionamento do Jockey Clube, em Campo Grande, onde a dupla sertaneja Munhoz e Mariano se apresentou no dia 19 de maio. O corpo estava próximo à bilheteria e a perícia concluiu que Idenilson morreu por causa da pressão no tórax, em decorrência do atropelamento.

De acordo com o delegado Cláudio Martins, da 5º Delegacia de Polícia e responsável pelas investigações, foi detido o proprietário da empresa de segurança responsável pelo show, Ronaldo Solis, e um dos seguranças da empresa, Carlos Madureira. Ambos tiveram a prisão decretada no dia 14 de outubro, cinco meses após o crime.

Segundo relato de amigos, Idenilson teria discutido com seguranças e foi levado para fora do camarote.  Ao amanhecer, ele foi encontrado morto com marcas de atropelamento por pessoas que deixavam o local.

Execução de Paulo Magalhães – 25 de junho de 2013

O delegado aposentado, advogado e professor universitário Paulo Magalhães, de 57 anos, foi executado com cinco tiros na frente da escola Feliz Idade, na Rua Alagoas, no Jardim dos Estados, em Campo Grande. Ele estava dentro do próprio carro quando foi alvejado por um motociclista, que estava de carona em uma moto.

Paulo Magalhães ia buscar a filha quando foi assassinado. Polêmico, Paulo Magalhães nasceu no Rio de Janeiro e tinha um site combativo na internet por meio do blog Brasil Verdade. Um dos domínios do site estava suspenso pela Justiça. O advogado também foi sócio do empresário Eduardo Carvalho, executado no dia 21 de novembro de 2012.

Após dois meses de investigação sob sigilo policial, O Delegado Geral da Polícia Civil Jorge Razanauskas admitiu a prisão dos executores no dia 23 de agosto. O mandante do crime não foi revelado.

Corpo sem braços, pernas e cabeça – 20 de agosto

O corpo de um homem foi encontrado sem os braços, pernas e a cabeça na tarde do dia 20 de agosto perto do lixão de Campo Grande, às margens da BR-262.

Mutilado para dificultar a identificação, o corpo foi identificado como de Rafael Leonardo dos Santos, de 29 anos, apontado como terceiro envolvido na execução do ex-delegado Paulo Magalhães.

A morte teria sido para queima de arquivo, dificultando a identificação do mandante do crime de pistolagem, além de ter ‘enviado recado’ para alguém, segundo a polícia.

Mulher encontrada queimada – 6 de setembro

O corpo de Viviane Rodrigues Matos, de 31 anos, foi encontrado ainda em chamas no dia 6 de setembro no Jardim Veraneio, em Campo Grande. De Rondonópolis (MT) e na cidade há quatro anos para trabalhar em uma casa noturna, a mulher foi morta após uma briga.

Encontrado da cintura para cima carbonizado, o corpo foi identificado pelas digitais, já que algumas permaneceram intactas.

O crime foi confessado pelo proprietário da boate Paraíso, localizada no Jardim Colúmbia onde Viviane trabalhava. Fernando Augusto, 24 anos, está preso junto com José Carlos da Silva, 26 anos, conhecido como “Beto”.

 Segundo Fernando, a vítima foi morta porque subiu na mesa para dançar e não obedeceu a ordem para descer, além de ter quebrado duas garrafas de champanhe.

Policial mata mulher no centro – 28 de outubro

Marlon Robin de Melo, policial civil, matou a ex-mulher Márcia Holanda, de 36 anos e depois se matou no estacionamento de uma escola no centro de Campo Grande no dia 28 de outubro.

O policial estaria deprimido com o fim do relacionamento e teria procurado a ex-mulher para conversar. Sem sinal de que se reconciliaria, o homem acabou atirando na cabeça de Márcia e se matou em seguida com uma pistola de uso exclusivo da polícia.

 

Arquivo Midiamax