Renovação e Coffee Break estão entre justificativas de derrotados nas urnas

Dos mais de 20 que concorreram à reeleição, 13 não conquistaram vitória

Para os 13 atuais vereadores de Campo Grande que concorreram à reeleição, mas saíram derrotados das urnas, esta terça-feira foi dia de voltar ao trabalho. Pelos próximos três meses, os parlamentares continuarão atuando na Câmara, mas deixarão a cadeira em dezembro.

O Portal Correio do Estado conversou com seis deles e você confere abaixo qual a justificativa para o baixo número de votos e quais são os planos para o ano que vem.

Os vereadores Jamal Salém (PR), Coringa (PSD), Flávio César (PSDB), José Chadid (PSDB), Magali Picarelli (PSDB), Chocolate (PTB) e Francisco Saci (PTB) não foram encontrados ou não quiserem falar com a reportagem nesta manhã.

Edson Shimabukuro (PTB) – O estrago foi muito grande dessa questão da Coffee Break, não tivemos o direito de defesa, o espaço cedido foi muito pequeno. A gente tem certeza que nós votamos coerente com o processo da comissão processante e não tivemos direito de defesa. Foi reflexo dessa votação, que em geral foi muito difícil. A gente representa a colônia japonesa, a tecnologia e o trabalho social e refletiu muito na sociedade, que foi pouco informada. O MPE deu parecer favorável na época. Sou engenheiro com 25 anos no Estado e temos representatividade das engenharias. Represento o Estado na Federação Nacional dos Engenheiros e vou continuar com esse trabalho.

Roberto Durães (PSC) – Eu me enganei mais uma vez, eu nunca comprei um voto, eu não sei fazer isso. Compraram muito na madrugada. Faltou dinheiro para eu comprar. Quando você faz política de carinho e respeito ao ser humano, a derrota machuca muito a gente. Você não precisa estar em cima do eleitor, ele assiste você trabalhando.

Wanderley Cabeludo (PMDB) – Não faltou nada na campanha, foi uma das melhores que fiz na minha vida. As pessoas me receberam, eu nem me preocupei porque eu estava bem nas pesquisas e de repente o povo decidiu mudar. A política geral no Brasil tem que passar por reformulação mesmo. O povo quis fazer essa mudança. Se os ausentes tivessem ido pra urna talvez eu tivesse sido eleito. Só vai valer essa mudança se o povo não se esquecer em quem ele votou.

Luiza Ribeiro (PPS) – Agradeço todo mundo que apoiou, mas não foi possível por conta da política da estrutura do partido. Permaneço com a minha militância, estou 32 anos na militância e fiquei quatro anos na Câmara. Solução não era mudar partido, a solução era fazer coligação com o PP e teríamos mais resultado com a minha legenda. O partido não fez melhor estratégia eleitoral. Sociedade está mais exigente e com relação à Câmara de Campo Grande exigiu renovação. Lamento a redução da participação da mulher. Elegemos apenas duas, o que é lamentável.

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Edil Albuquerque (PTB) – Eu não tive voto, o povo não quis votar. Essa operação (Coffee Break) não quis dizer nada, estávamos defendendo na Justiça. Os brancos, nulos e ausentes influenciaram diretamente para todos. As coisas são repaginadas, estou tranquilo. Meu forte é empresarial e eu fui cerceado de se fazer presente dentro das empresas.

Eduardo Cury (SD) – Eu sou um vencedor. De 662 candidatos, eu fui o 18º colocado, eu ganhei de 97% dos candidatos. Tenho que olhar sob esse aspecto. Tenho um legado eleitoral que merece profundo respeito. Pessoas que acompanham o meu trabalho, principalmente o que eu realizei. Eleição muito difícil, nova.

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