REINALDO DESCARTA O AUMENTO DE CARGA TRIBUTARIA.

O governador eleito Reinaldo Azambuja (PSDB) reafirmou que pretende remodelar a administração estadual para torná-la mais eficiente e dinâmica, garantindo assim a equalização das despesas e receitas de Mato Grosso do Sul. Ele demonstrou preocupação com as condições que vai encontrar as contas do Estado no próximo ano.

O tucano prevê que terá que implantar medidas que garantam o bom andamento das finanças do Estado. “Vamos fazer uma reunião, na próxima segunda- feira, com um representante da Assembleia Legislativa, integrantes da equipe de transição e com o Movimento Brasil Competitivo, que vai mostrar qual o primeiro pensamento dessa remodelação administrativa que nós pretendemos mandar para o legislativo e implantar na gestão estadual”, explicou.

A preocupação do governador eleito está com os diversos compromissos firmados no atual Governo que vão impactar diretamente nas contas de 2015. Os principais gargalos do primeiro trimestre do próximo ano são o aumento da folha de pagamento dos funcionários do Estado, o aumento do duodécimo dos Poderes, o comprometimento com a dívida com a União e o pagamento dos empréstimos feitos pelo Estado com o BIRD (Banco Mundial) e BNDES.

“Nós sabemos que temos grandes vencimentos dos empréstimos que o atual governador fez com o BIRD e BNDES, isso impacta nos vencimentos mensais e então isso preocupa, nós precisamos definir esse montante. Todos esses empréstimos começam a vencer em 2015 e vão ser pagos pelo povo de Mato Grosso do Sul e então precisamos saber se o Estado tem margem para investir ou só para pagar dividas e a folha”.

Segundo Reinaldo, existe uma projeção deste aumento. Conforme dados preliminares, são pelo menos R$ 15 milhões a R$ 20 milhões a mais por mês. No ano de 2015, serão 260 milhões de reais a mais nas despesas do Estado. “O que preocupa hoje é que nós vivemos uma retração da economia, que já sentimos claramente com desemprego, diminuição nas vendas do comércio, tudo isso impacta nas finanças públicas que já será iniciada com o incremento destas despesas”.

Medidas

Mesmo prevendo um quadro pouco favorável para as finanças do Estado, Reinaldo Azambuja descarta o aumento da carga tributária. As alternativas, segundo ele, estão no enxugamento da máquina e na eficiência nos setores de compras e negociações de contratos com empresas terceirizadas, entre outras. “Descartamos aumento de tributos porque a sociedade não suporta mais isso. Nós temos que ter eficiência, diminuir o tamanho do Estado, economizar nos cargos em comissão, melhorar no custeio, comprar melhor e com custo menor, acho que esse é o desafio”.