Quadrilha acusada de desviar cerca de R$ 300 milhões volta para a cadeia em MS

O ex-secretário Estadual de Obras e ex-deputado federal, Edson Giroto, e o empresário João Amorim e mais 6 pessoas se apresentaram na sede da Polícia Federal de Campo Grande, na tarde desta terça-feira (8). Eles cumprem ordem de prisão expedida pelo STF (Supremo Tribunal Federal), segundo reportagem do portal de notícias G1 MS.

A quadrilha é acusada de desviar aproximadamente R$ 300 milhões dos cofres públicos.

O ex-fiscal de obras da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), Wilson Roberto Mariano, foi o primeiro a chegar. Depois, foi a vez de Giroto, que carregava uma sacola com roupas e cobertores. Antes de entrar na PF, ele pediu um cigarro para Beto Mariano, que é cunhado dele.

Os outros envolvidos chegaram na sequência: o empresário Flávio Henrique Scrochio, Mariane Mariano, Rachel Giroto, Ana Paula Amorim, e Elza Araújo.

Os presos ficaram cerca de 40 minutos na superintendência. As 4 mulheres foram liberadas e vão cumprir prisão domiciliar. Já os homens foram encaminhados para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia legal) e fizeram exame de corpo delito.

Bloqueio

No dia 27 de maio, o juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, determinou o bloqueio de R$ 6.594.330,95 em bens do ex-secretário Estadual de Obras, Edson Giroto. Os fatos relacionados ao enriquecimento ilícito foram investigados durante a Operação Lama Asfáltica.

A defesa de Giroto informou que todos os valores apresentados pelo Ministério Público serão contestados e que Giroto tinha recursos suficientes para adquirir os bens citados.

Conforme o pedido do MPE-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul), Giroto gastou R$ 2.800.101,28 sem declarar à Receita na construção da casa dele em residencial de luxo em Campo Grande.

O juiz considerou que o “então Secretário Estadual de Obras e de Transportes, coordenava as condutas praticadas dentro da Agesul, circunstância esta que teria resultado no pagamento superfaturado de valores a algumas empresas, com posterior retorno em propina aos agentes públicos envolvidos”.

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