Projeto Tamar se dedica a proteger as tartarugas marinhas no Brasil

Há 35 anos, na cidade Pirambu, Sergipe, era criada a primeira base de pesquisas do Projeto Tamar no Brasil. Na chegada ao local, o primeiro desafio encontrado pelos organizadores da iniciativa foi encontrar pessoas para executar o trabalho de preservação. Os fundadores então, decidiram contratar os “tartarugueiros”, sinônimo de caçador de tartaruga, da região. E foi assim que os  caçadores, se tornaram protetores desses animais.

— Logo na nossa primeira campanha de proteção às tartarugas, nós encontramos muitas pessoas organizadas para pegar os ovos das tartarugas. E nós pensamos: ou nos juntamos a esse povo ou nós vamos sair derrotados — relembra Guy Marcovaldi, fundador e coordenador nacional do Projeto Tamar.

Os pesquisadores monitoram os animais adultos. As tartarugas são marcadas e recebem um aparelhinho no casco que registra a rota traçada por elas quando estão no mar, depois da fase reprodutiva. O conhecimento das rotas ajuda a impedir uma das maiores ameaças para as tartarugas marinhas: as redes de pesca para peixes. 

Nas comunidades onde existe uma base do Tamar, a preservação ambiental se tornou fonte de renda para os moradores. O trabalho não envolve apenas o cuidado com os animais, mas também emprega pessoas que cuidam dos ninhos e confeccionam produtos para serem vendidos nas lojas do projeto que estão espalhadas por todo o Brasil.