Projeto quer período integral em todas as escolas estaduais de MS

Um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) foi apresentado na sessão desta terça-feira, dia 08 de abril, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, para que, se sancionado, transforme todas as escolas públicas estaduais para tempo integral.

Segundo o autor do projeto, deputado estadual Felipe Orro (PDT), a mudança será gradual, visto as condições do Estado em custear. “Vai avançando a cada ano, até que todas as escolas funcionem em período integral. É um projeto ambicioso, mas é dever do Estado garantir educação”, afirmou.

Outro dado citado pelo deputado, no Rio Grande do Sul, o governador Tarso Genro regulamentou o dispositivo constitucional por lei estabelecendo um cronograma para transformar, até 2020, metade das escolas em tempo integral.

Em todo o Brasil, mais de 1 milhão de alunos (segundo o Censo Escolar 2013) estudam em escolas de tempo integral, tanto das redes públicas quanto particulares.

Em Mato Grosso do Sul as escolas em tempo integral ainda representam menos de 10% do total de unidades (356). Segundo o site Midiamax, o programa Mais Educação – Educação Integral, com recursos federais, começou a ser implantado em 2008 em duas escolas de Campo Grande: Escola Estadual Antônio Delfino Pereira e Escola Estadual Luísa Vidal Borges Daniel.

Em 2009 passou para 4 unidades, em 2010 chegou a 24 e manteve esse número em 2011, e em 2012 atingiu 31 escolas. Aí parou, não houve avanço no programa em 2013 e 2014.

Atividades em tempo integral

A ideia das jornadas integrais incluem disciplinas além das regulares em salas de aula, como prevê o Programa Mais Educação do Governo Federal, como educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica e acompanhamento pedagógico.

Além disso, as crianças devem fazer quatro refeições na escola, além de poderem tomar banho ao fim do dia. O projeto ainda tramita na Assembleia Legislativa.