Presidente do SIMTED, fala na Câmara

Outubro vai ficar em aberto, vai esperar novembro para cobrir outubro, em relação ao décimo, vai aguardar um repasse federal que vai cobrir o décimo, em janeiro tem as férias e as rescisões, então estamos em uma situação difícil

Na oportunidade também falou o presidente do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação do município de Bela Vista, Élder Basso, que também explanou as atitudes que a entidade vem tomando e a situação atual dos trabalhadores na Educação do município de Bela Vista.

“Boa noite senhor presidente, em nome dele comprimento os demais vereadores, plateia que se faz presente, hoje fui procurado por uma comissão de professores do município, situação já exposta pela presidente Miracy, essa comissão pediu a possibilidade de verificar uma solução quanto este atraso de pagamento, os repasses do dia 10, 20 e 30.

Essa situação esta crônica e não se solucionou por causa de má gestão, porque você teria que cortar gastos, fazer uma redução do quadro de contratados. Estamos praticamente com um mês em atraso, não sabemos se vamos receber o décimo, em janeiro temos direito a 50% de férias, e temos a situação dos contratados que tem direito a receber a rescisão de contrato.

Todas essas situações nós não sabemos onde procurar solução, porque da vez passada o SIMTED através da minha pessoa encaminhamos ao MP e não recebemos respostas, encaminhamos a esta Casa de Leis, amanhã as 11h00min temos uma reunião com o promotor, para ver uma solução, nós sabemos que entrar em justiça é fácil porem demorado.

Amanhã temos uma reunião as 17hs, no SIMTED, junto aos professores para discutir qual vai ser a medida, e vamos passar aos nossos docentes o que o promotor vai passar para nós. Fomos a prefeitura e fomos atendidos pelo Hélvio, que me colocou a par da situação desde julho, porque foi pago os contatados e os concursados não, alegou que teria um saldo e poderia pagar essa folha.

Para vocês terem uma ideia, em julho o valor da receita foi de 752 mil, no mês de agosto foi de 818 mil, no mês de setembro que é o mês em que os professores não receberam ainda foi de 781 mil, aí diz eles que toda semana falta cerca de 320 mil de déficit pra saldar a folha de pagamento dos professores, inclusive eu tirei um extrato dos demonstrativos de arrecadação, em outros setores da prefeitura, no mês de setembro o liquido da folha foi de 848 mil e tem os cartões SINCARD, consignados que soma o valor de 236 mil.

Então na verdade o liquido da folha é 603 mil, os encargos sociais que dá 181 mil, os proventos e obrigações é de 1 milhão, ele alega que infelizmente está sendo colocado 100% do FUNDEB para pagamento, pena que nós não temos balancetes, a gente fica desarmado diante de tal situação, a Miracy falou que talvez sai amanhã o pagamento, amanhã temos uma assembleia e temos que passar a situação real, ele vai esperar o repasse do dia 20, vai saldar o mês de setembro.

Outubro vai ficar em aberto, vai esperar novembro para cobrir outubro, em relação ao décimo, vai aguardar um repasse federal que vai cobrir o décimo, em janeiro tem as férias e as rescisões, então estamos em uma situação difícil, dizem que o MP para executar o caso do nosso prefeito, temos que encaminhar a procuradoria e a procuradoria é quem determina e isso leva muito tempo, mas essa situação crônica precisa ser solucionada.

O que queremos é a prioridade da cota destinada ao pagamento dos profissionais da educação que recebem pelo FUNDEB, como a professora Miracy colocou se podermos entrar na justiça para que essa verba não seja desviada e que tenha exclusividade somente para pagar os profissionais de educação, nós vamos até o fim, a situação vem se alastrando na época da gestão do Dr. Renato foi colocado o 8.32% do piso, em 2014 foi pago retroativo, em 2015, nem lembramos de retroativo.

Além de 1.3 de hora atividade, que já começou a agravar, mas a gente sabe que temos que tomar medidas, o conselho municipal tem que funcionar, fazendo uma resolução que determine o mínimo de alunos para funcionar uma sala de aula, até lembrei quantos contratados, efetivos, a diferença é grande, os contratados estão levando uma grande fatia.

Estamos aqui, nesta Casa de Leis, para juntos tentar fazer funcionar, porque somos todos pais de família, passamos o dia das crianças e professores sem nada, seria interessante que todos os profissionais recebessem seus rendimentos, sabemos que todos têm gastos a saldar, com datas fixas, essa prioridade que nós queremos, juntos, tentar fazer que os administradores olhem com carinho para esses profissionais pois o recurso não atrasa, é isso que tinha para explanar”, finalizou Elder Basso.

Fonte João Carlos Velasquez