Polícia investiga omissão de UPA e escola no caso de menina morta por colegas

A Polícia Civil vai investigar possível omissão da escola e da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) no caso da estudante Gabriely Ximenes, de 10 anos, morata uma semana depois de ser agredida por três alunas no horário de saída da escola estadual em que estudavam, na zona norte, em Campo Grande. Segundo a família, as meninas têm 14 e 10 anos.

“Mesmo que a agressão tenha acontecido fora, precisamos saber se o desentendimento não começou ainda dentro da escola. Também é preciso entender o que apontaram os exames que ela fez porque é estranho ela ter recebido alta”, afirma o delegado João Roberto.

O caso, classificado pelo delegado como ‘grave’ e ‘sensível’, será investigado pela Deaiji (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude). Agora, investigação vai identificar testemunhas do caso para que a polícia possa entender os fatos e o que teria motivado a agressão.

O caso

O pai da vítima, um motorista de 40 anos, contou que a filha e as meninas estudavam no período vespertino. Na hora do intervalo de aulas no último dia 29, o trio teria se desentendido com Gabriela e ameaçado dizendo que a ‘pegariam’ na saída. O pai afirma que uma delas chegou a afirmar que bateria na criança até deixá-la ‘em uma cadeira de rodas’.

Na saída escolar, as três abordaram e agrediram a menina, já fora do espaço da escola. Depois de apanhar, Gabriely reclamou de dormência nas pernas e chegou a ficar caída no chão até a chegada do resgate que a encaminhou para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

Após ser atendida na unidade de saúde, Gabriely ficou em observação e recebeu alta no dia seguinte. No entanto, dias depois, a garota passou a reclamar de dores na virilha. Ela foi levada novamente até uma UPA e lá, descobriram que ela tinha um coágulo.

Gabriely chegou a passar por cirurgia, mas não resistiu e morreu na manhã desta quinta-feira (06). Desolado, o pai afirma que não entende o motivo de a filha ter sido agredida.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que está ‘ciente do fato e que acompanha o caso’.