Polícia diz que mulher foi torturada e morta após furtar comida

Três pessoas foram presas suspeitas de sequestrar e torturar uma mulher em Barueri, na Grande São Paulo. De acordo com a polícia, o crime teria acontecido após a vítima ter supostamente furtado um pacote de biscoitos.
A polícia prendeu Renata Fonseca da Silva, 27, Jackson Nunes Pereira, 21, e Valmir Lima de Oliveira, 27, após analisar um vídeo que mostra a manicure Ane Kelly Santos, 26, sendo torturada e morta. As imagens foram entregues na última sexta-feira a uma equipe do DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa) por uma pessoa que pediu anonimato.
De acordo com informações da secretaria de Segurança Pública, Renata Fonseca teria sido a mandante do crime. Um pacote de biscoitos que supostamente havia sido furtado da casa dela por Ane e uma cúmplice motivou o sequestro, a tortura e o assassinato.
Segundo a polícia, outras pessoas também participaram da tortura e continuam desaparecidas. Ane Kelly teria sido torturada por cerca de três horas.
“Seria um pequeno furto de alimentos, pacotes de bolacha, que levou esse grupo e essa quadrilha a sequestrar essa moça, levá-la para cárcere privado, torturar e matar “, afirmou o delegado Zacarias Tadros em entrevista a TV Globo.
Segundo a polícia, a suposta cúmplice de Ane Kelly já teria sido morta pelos criminosos. Dentro do cativeiro onde o corpo de Ane Kelly Santos foi encontrado a polícia encontrou algumas porções de drogas, por isso o DHPP investiga também um suposto envolvimento com o tráfico.
Em uma página no Facebook, uma amiga de Ane Kelly chegou a publicar o sumiço da vítima.
“Ela desapareceu dia 24/04/14 para comprar pão e não retornou, a família está muito preocupada, se você viu em algum lugar por favor entre em contato com o disque denúncia”, dizia a publicação. Outros amigos e parentes também lamentaram a morte da manicure.
Por não ter sido uma prisão em flagrante, a Justiça determinou a prisão temporária do trio por 30 dias. Se for comprovada a participação dos suspeitos, eles responderão por formação de quadrilha, associação criminosa, sequestro e cárcere privado, homicídio qualificado, tortura e destruição, além de subtração ou ocultação de cadáver.
A polícia não divulgou se os suspeitos presos têm advogados constituídos, ou não. (Folhapress)