Antes, os bens “estavam nas mãos” dos bandidos e agora a Justiça Federal determinou a cessão para a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, que montou a sede do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), no Jardim Seminário, em Campo Grande. A estrutura também inclui dois hangares com um avião e helicóptero, como parte de operações aéreas.
Segundo a polícia, a ação faz parte da “descapitalização das organizações criminosas e retorno aos cofres públicos”, acabando com o “enriquecimento ilícito propiciado pela lavagem de dinheiro”. Desta forma, houve a apreensão do imóvel localizado na rua Antônio Francisco Nantes durante a operação Status, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em setembro de 2019.
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Nova sede da Dracco em Campo Grande (MS) — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Após o sequestro, houve determinação judicial e este se tornou o novo endereço da sede operacional da Dracco. Para as operações aéreas, a estrutura foi para o aeroporto Teruel, onde ocorrerão investigações de “sinistros aéreos e também a apuração de infrações penais correlatas, bem como o depósito das aeronaves apreendidas durante a repressão qualificada aos crimes aeronáuticos”.
Entre os bens apreendidos, está um avião Baron 58, avaliado em R$ 1,5 milhão e que foi apreendido pela PF durante apuração de crimes de atentado à segurança de voo, narcotráfico, associação ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O outro é um helicóptero Robinson R44, avaliado em R$ 900 mil e que estava em Ribas do Rio Pardo, na região leste do estado, também apreendido durante apuração dos delitos de atentado à segurança de voo, associação ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
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Investigações da delegacia resultaram em operações pioneiras no país, como a Ícaro — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Atribuições da Dracco
Criado no dia 5 de agosto de 2020, por meio do decreto nº 15.493, a unidade especializada possui as seguintes atribuições: planejar, orientar, fiscalizar e executar as atividades relativas ao combate à corrupção e ao crime organizado, promover ações permanentes para o combate e até mesmo prevenção ao crime organizado, à lavagem de dinheiro e à corrupção; buscando seu constante aperfeiçoamento e eficácia; promover o aprimoramento de mecanismos de combate à corrupção, à lavagem de dinheiro e ao crime organizado, para, efetivamente, devolver aos cofres públicos os recursos desviados; com a aplicação de instrumentos tecnológicos nos processos investigativos de combate à corrupção, lavagem de dinheiro e crime organizado e correlatos, por meio de inteligência financeira e de inteligência cibernética e telemática; coordenando investigações sistêmicas de atuação da Polícia Civil no combate as organizações criminosas e à corrupção e aos crimes de lavagem de dinheiro, bem como aos crimes a eles conexos ou de natureza especial, gerenciar o laboratório de tecnologia contra a lavagem de dinheiro e o laboratório de tecnologia cibernética e telemática; além de apurar infrações penais relacionadas à aeronaves e seus componentes, por meio da operação Ícaro.
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Polícia de MS prende 4 e vistoria empresa de turismo em nova fase da operação Ícaro — Foto: Claudia Gaigher/TV Morena
G1 MS