Polícia acredita que atirador estudou local onde MC foi morto

O titular da Delegacia de Homicídios de Campinas (SP), Rui Pegolo, disse acreditar que o atirador estudou o local onde o funkeiro MC Daleste foi morto, durante um show no bairro San Martin. A Polícia Civil já ouviu seis pessoas formalmente e espera conseguir coletar o depoimento de familiares do cantor nesta quinta-feira (11). 

“O atirador não estava infiltrado entre os frequentadores, entre os fãs da vítima. Ele preparou, se equipou e isso demonstra um grau de conhecimento no mundo do crime, isso demonstra que o crime foi premeditado”, explicou Pegolo. Segundo o delegado, a polícia presume que o autor seja “profissional”, já que o disparo foi feito entre 20 e 30 metros do palco.

 

Três tiros
“É prematuro ainda para analisar se foi passional, se foi um desacerto, se foi por conta de algum crime”, disse o delegado. Ainda não há informação sobre o calibre da arma utilizada no disparo, porque os fragmentos coletados no local do crime passam por perícia. De acordo com Pegolo, foram efetuados “em torno de três tiros”.

A Polícia Civil ouviu seis testemunhas nesta quarta-feira, sendo dois integrantes da associação do bairro San Martin, além do técnico de som do show e o filho dele. O delegado também coletou o depoimento de outras duas pessoas, mas não quis identificá-las.

“Foi ventilado na internet vários vídeos de alguns cúmplices que estariam atrás da vítima durante os disparos. Essas pessoas foram ouvidas, as versões deles foram verossímeis, críveis, o que afastou a possibilidade de participação deles por ora”, ressaltou Pegolo. Por enquanto, ele disse também que não cogita a participação de mais de uma pessoa no crime.