PF deflagra mais uma fase da Operação Antracnose

A Polícia Federal deflagrou na quinta-feira (18/10), com o apoio das Polícias Militares da Bahia e de Pernambuco, mais uma fase da Operação Antracnose, que desarticulou uma quadrilha especializada em roubos a empresas transportadoras de valores, com atuação principalmente nos sertões baiano e pernambucano, e que, no último dia 26/9, entrou em confronto com policiais federais no Aeroporto de Salgueiro/PE, em uma tentativa frustrada de assalto ao avião que levava dinheiro para abastecer a rede bancária da cidade.

A organização criminosa já vinha sendo investigada há mais de um ano pela Polícia Federal e naquela ação seis assaltantes foram mortos na troca de tiros e quatro presos; outros dois conseguiram fugir. Foram apreendidos uma metralhadora ponto 50, seis fuzis, duas pistolas, seis coletes balísticos, 45 carregadores, 2354 munições de calibres diversos e cerca de 15 kg de explosivos.

Na sequência, foram cumpridos mais três mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca expedidos pela Justiça de Juazeiro, sendo apreendidas mais três pistolas, uma espingarda, um revólver, diversas munições, além R$ 117 mil, em dinheiro, quase R$ 600 mil em cheques e 24 veículos, entre carros, caminhões, motocicletas e uma moto aquática. Também foram sequestrados imóveis e bloqueados cerca de R$ 355 mil das contas dos investigados.

Na operação de ontem, foram cumpridos mais dois mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão, nas residências de outros suspeitos de integrarem o grupo criminoso, nas cidades de Salgueiro/PE, Petrolina/PE, João Pessoa/PB e Natal/RN. O objetivo das buscas era localizar e apreender armas, materiais utilizados nos roubos, bens ou valores que constituam proveito dos crimes, bem como documentos que reforcem a participação dos investigados no esquema ilícito.

Cinco suspeitos têm mandados de prisão preventiva em aberto e ainda estão foragidos.

Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, tentativa de roubo qualificado, porte ilegal de armas e munições de calibre restrito e de explosivos, além de lavagem de dinheiro.

Alguns dos investigados utilizavam atividades empresariais, inclusive no ramo de produção e exportação de frutas, para a lavagem do dinheiro e como disfarce de suas atividades criminosas. Daí o nome da operação, ANTRACNOSE, que é uma referência a uma doença que ataca as plantas, principalmente as frutíferas.

As diligências se prolongaram durante todo o dia de ontem, sendo que um dos investigados só foi localizado e preso à noite.

Fonte: PF