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Morador do Rio, o baiano Daniel Eckhardt, de 36 anos, contou que manteve uma relação de amor com a natação quando mais jovem. Nos últimos anos, porém, o engenheiro estava distante da água e alguns problemas de saúde surgiram, como as dores constantes na coluna. Passou por uma cirurgia, mas as queixas continuaram. Quando o filho Lucas nasceu, no entanto, ele decidiu voltar para o esporte e tentar amenizar o problema. Ao sair da inércia, ele viu tudo ficar bem diferente.
– Queria fazer algo para mudar minha vida. Sentia muitas dores na coluna e ficava pensando como iria colocar meu filho para dormir ou receber um abraço daqueles. Minha coluna não iria aguentar. Foi então que resolvei voltar para a natação em julho deste ano – disse o engenheiro.
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No meio do inverno, a primeira aula foi de 900 metros em uma hora na piscina. Isso fez Daniel voltar no tempo e lembrar dos treinos que fazia em Teresópolis, região serrana do Rio, onde ele morou até os 17 anos – boa parte deles com braçadas diárias.
– Acordava cedo, com chuva, frio e minha mãe falando para eu levantar cedo que já estava atrasado para a aula de natação. Para aquecer era três ou quatro voltas na piscina, alguns polichinelos e mergulhar. Aquecimento na piscina nem existia e eu saía tremendo – recordou.
Em dois meses, Daniel começou a colher os frutos da rotina esportiva. As insuportáveis dores na coluna cervical diminuíram e o fôlego aumentou consideravelmente com as braçadas na água.
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– Tinha uma limitação grande nos movimentos do pescoço e elas sumiram. Sentia o receio de não conseguir nadar por causa da respiração para os dois lados, mas ocorreu o oposto disso.
Treinando de duas a quatro vezes por semana, o engenheiro se empolgou para fazer a primeira prova. Em outubro, nadou em águas abertas nessa distância pelo Circuito Rei e Rainha do Mar.
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– Foi um desafio, pois tive muitas cãibras no final e pensava no meu filho e na minha esposa. Consegui completar a prova e fiquei feliz demais. Incentivado pela nutricionista, que também é nadadora, me inscrevi para a prova de 5km deste sábado, na praia de Copacabana – disse.
– É uma loucura. Nunca nadei essa distância na vida. Os treinamentos começaram e hoje consigo ao menos 4,5km pelo menos uma vez por semana. Nadar no mar é uma mistura de liberdade e tranquilidade. É uma sensação de paz interior e contato com a natureza. E o meu pequeno Lucas, com cinco meses, já está na natação – enfatizou.
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