Pecuarista e ex-prefeito são “mais ricos” da nova bancada federal

A deputada federal tem patrimônio de R$ 5.160.215,36 e o ex-prefeito de Campo Grande, declarou ter R$ 3.225.570,89 em bens

Anahi Zurutuza – Campo grande news

Dona de fazenda no Pantanal, Tereza Cristina (DEM), reeleita para a Câmara dos Deputados, é a parlamentar com o maior montante em bens declarados à Justiça Eleitoral. Da bancada de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional, Nelsinho Trad (PTB) aparece em 2º lugar.

A deputada federal tem patrimônio de R$ 5.160.215,36 e o ex-prefeito de Campo Grande, declarou ter R$ 3.225.570,89 em bens.

Além de ser dona de parcela de fazendas em Corumbá e em Terenos, Tereza Cristina tem ações de construtora de prédios de Mato Grosso do Sul e vários imóveis, muitos deles herdados. Ela teve 75.068 votos – escolha de 6,05% do eleitorado.

Já Nelsinho Trad, que é urologista e declarou ser dono de vários imóveis em Campo Grande e de carros, além da participação em empresas médicas. O ex-prefeito foi eleito para o Senado com 420.102 votos, 18,38% dos válidos.

Milionários – Também milionários, conforme consta no registro da Justiça Eleitoral, são o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), que tem patrimônio de R$ 3.093.645,23, o deputado estadual Beto Pereira (PSDB), dono de R$ 2.743.666,37 em bens, e o irmão de Nelsinho, o advogado Fábio Trad (PSD) – R$ 1.696.699,5.

Eles estão dentre os 241 eleitos para a Câmara dos Deputados que têm patrimônio superior a R$ 1 milhão, conforme levantamento feito pelo G1 na declarações dos 513 políticos que vão ocupar as cadeiras a partir do próximo ano.

Quase metade da “nova Câmara” – 47% dos 513 eleitos – é milionária, segundo o G1. O número neste ano apresenta uma ligeira queda em relação ao da última eleição. Em 2014, foram 248 políticos milionários eleitos para a Casa. Em 2010, eram 194. Em 2006, havia 165. Em 2002, eram 116.

“Mais pobre” – A declaração “mais pobre” é da advogada Soraya Thronicke. Eleita senadora pelo PSL, ela registrou ter somente R$ 10 mil em espécie.

Loester Carlos Gomes de Souza, que o usou na urna o apelido de Tio Trutis (PSL), não fez a declaração de bens. Ele é dono de lanchonete em Campo Grande.

O registro dos bens teria de ter sido feito até o dia 15 de agosto, conforme prazo estabelecido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Quem não fez a declaração, segundo a Justiça Eleitoral, ou é porque não tem bens ou enfrentará problemas quando houver o julgamento das contas, segundo a assessoria de imprensa do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul).

Confira as declarações de bens do restante da bancada no infográfico:

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