Parentes denunciam mortes no presídio de Segurança Máxima por falta de atendimento

Wendy Tonhati

 

Dois presos do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande morreram entre os dias 23 e 25 deste mês. Parentes de apenados que não quiseram se identificar, alegam que as mortes ocorreram por suposta falta de atendimento médico. O relato é de que os presos não estariam recebendo alimentação adequada nem cuidados médicos apropriados.

“Os internos já procuram conversar com diretor da casa, mas ele diz que não tem assunto com preso. Não está sendo feito o papel de ressocializar, pois isso gera a revolta da massa carcerária”, afirma o denunciante.

A Agepen confirmou as duas mortes. A primeira, no dia 24, causa por complicações de uma doença pulmonar. Já a segunda, nesta quinta-feira (26), o detento foi encontrado pendurado por uma corda artesanal preso a uma grade da janela.

Confira a nota na integra:

O reeducando M. S. l, 26 anos foi internado no Hospital Universitário no dia 23 de dezembro e faleceu no dia 24 por complicações de doença pulmonar. Ele sofria de problemas de saúde e vinha sendo acompanhado pela equipe médica da unidade prisional, com o agravamento do seu quadro foi encaminhado com escolta de emergência ao hospital, mas acabou falecendo. Ele estava preso por roubo e tráfico de entorpecentes.

O interno D. C. de S, 20 anos, foi encontrado morto na manhã desta quinta-feira (26), por volta da 6h30, em sua cela (cela 5 do Pavilhão1). Ao serem avisados por outros presos, os agentes penitenciários encontraram o corpo do interno pendurado por uma corda artesanal envolta em seu pescoço preso à grade da janela. A perícia esteve no local e as circunstâncias da morte estão sendo investigadas pela Polícia Civil. Ele estava preso por homicídio.

Destacamos que as duas mortes são fatos isolados e não têm nenhuma relação uma com a outra.