Papel fica 24% mais caro, mas indústria do Estado decide não repassar reajuste

 

 

 

 

 

O preço do papel teve um reajuste de 24% em 2016, mas segundo o presidente do Sindigraf/MS (Sindicato das Indústrias Gráficas de Mato Grosso do Sul), Julião Gaúna, o valor não será repassado aos consumidores. Segundo ele, mesmo sendo o principal insumo da industria gráfica, as empresas optaram por absorver o impacto para evitar uma retração ainda maior nas vendas.

Gaúna destacou que cortando os gastos e fazendo uma administração mais enxuta, é possível atravessar esse momento de crise. “Isso se deve muito mais pela gestão pública federal do que por conta da questão econômica. Assim, nós devemos buscar todas as alternativas de mercado para vencer essa guerra”, declarou, ao destacar que em 2015 o produto teve reajuste de 12%.

Se repassado o reajuste, o impacto no preço de livros, cadernos, papel sulfite, entre outros produtos seria inevitável. “Com o reajuste, os principais prejudicados seriam os consumidores e a sociedade, pois o impacto seria direto nos preços de itens fundamentais, como livros, revistas e embalagens de papel-cartão, amplamente utilizadas em medicamentos e alimentos. Porém, pelo menos nos produtos fabricados no Estado, essa majoração não será repassada, amenizando um pouco para o consumidor final”, observou.

Gaúna ainda reforçou que a entidade já encaminhou aos fabricantes nacionais de papel e distribuidores de matéria-prima, um ofício para demonstrar a insatisfação com o aumento médio de 24% no preço do papel e solicitar uma reavaliação do reajuste proposto. “Nossas indústrias vêm enfrentando situações de extrema dificuldade e não possuem condições de assimilar um aumento de custos dessa monta, especialmente, porque, no atual cenário, é impossível repassá-los aos nossos clientes”, afirmou.

 

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