Montevidéu O Palmeiras conseguiu uma vitória incrível ontem, sobre o Penãrol, no Uruguai, ao vencer por 3 a 2, de virada, pelo Grupo 5 da Libertadores, mas o que era para ser festa para os visitantes, acabou em pancadaria.
O jogo foi tenso do início ao fim, e, após o apito final, uma confusão generalizada tomou conta do campo e, depois, da arquibancada. Jogadores trocaram agressões no gramado e alguns palmeirenses foram cercados. Na torcida, os uruguaios tentaram invadir a área destinada os brasileiros e jogaram objetos.
Felipe Melo, que, assim que chegou ao Palmeiras, disse que “se tivesse que dar tapa na cara de uruguaio, daria”, passou a ser acuado pelos adversários. Inicialmente, o volante foi cercado e tentou se desvencilhar do bolo formado pelos rivais. Ao se afastar, ele foi perseguido pelos uruguaios e acertou um soco na cara do camisa 10 adversário, Matias Mier.
Na arquibancada, sem policiamento, mais enfrentamento. Segundo o diretor de futebol do Palmeiras, Alexandre Mattos, os portões para acesso ao vestiário foram trancados:
— O Palmeiras trouxe 19 seguranças para Montevidéu. Se não fosse isso, teria acontecido uma tragédia. Nós temos que parar de dizer que isso é Libertadores, porque isso não é Libertadores. Pode ser MMA, qualquer coisa, mas não futebol. Armaram uma tocaia para a gente. Prass está com a boca sangrando, William levou um soco na cara… Esperamos que a Conmebol tome uma providência, isso tem que acabar no futebol sul-americano.
No campo, o Palmeiras conseguiu uma vitória importantíssima. Após um péssimo primeiro tempo, em que levou dois gols, conseguiu fazer três no segundo. William (2) e Mina marcaram para o time brasileiro. Mauricio Affonso e Junior Arias marcaram para os uruguaios.
Com o resultado, o Palmeira lidera o Grupo 5, com 10 pontos, quatro a mais do que o Jorge Wilstermann, em segundo. O Peñarol, com três, é o lanterna.
O Globo