Oposição prepara relatório paralelo ao apresentado na CPI da Petrobras

G1/GA

 

A oposição no Congresso prepara um relatório paralelo ao apresentado na quarta-feira (10) na CPI mista da Petrobras. A votação do relatório oficial está marcada para a semana que vem.

O relatório será assinado por PSDB, Democratas, PSB, PPS e Solidariedade. A oposição diz que houve desvio de quase US$ 800 milhões na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Deve pedir o indiciamento de André Vargas, ex-PT, que teve o mandato de deputado cassado na quarta-feira (10), do deputado Luiz Argôlo, do Solidariedade, por envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, e do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, apontado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como o operador do partido no esquema de desvio de dinheiro da empresa.

A oposição também vai incluir no relatório as suspeitas de doações de campanha das empreiteiras a partidos governistas em troca da assinatura de contratos com a Petrobras. Esses pontos destacados pela oposição não estão no texto apresentado pelo relator da CPMI, deputado Marco Maia, do PT.

“Faremos a leitura na próxima quarta-feira, para ver se conseguimos aprovação do plenário porque o nosso relatório, não tenho a menor dúvida, investigou com muito mais profundidade questões relevantes, temas relevantes desta CPI”, afirma o deputado Carlos Sampaio, do PSDB/SP.

Marco Maia rebateu as críticas: “Nós produzimos um relatório muito denso. Portanto é um relatório sério, técnico, mas que ao mesmo tempo é capaz de identificar quais foram os verdadeiros problemas enfrentados pela Petrobras.”

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o deputado Luiz Argôlo e a assessoria da Petrobras não quiseram se pronunciar sobre o relatório paralelo da oposição. O ex-deputado André Vargas não atendeu às nossas ligações.