Odilon recebe convite para ser vice de Delcídio e pode acumular Secretaria de Segurança

O senador Delcídio do Amaral (PT) convidou o juiz federal Odilon de Oliveira para ser candidato a vice-govenador. Odilon já pediu a aposentadoria e deve deixar a magistratura até 26 de fevereiro. O magistrado achou “muito interessante” o convite porque o senador contou que, caso aceite e ambos vençam a eleição, o vice será também secretário de Estado de Segurança Pública.

Para o magistrado, é uma grande oportunidade para aproveitar o conhecimento acumulado durante anos atuando para punir os criminosos da fronteira. Odilon já foi advogado, procurador federal e promotor de Justiça.

“Temos conhecimento profundo, estratégico na área. Conheço profundamente toda a região de fronteira e tenho um bom relacionamento no Ministério da Justiça, conheço muita gente lá”, disse Odilon ao Midiamax, neste sábado (25). “Achei uma proposta muito interessante”, acrescentou.

O juiz federal disse ainda que tem o desejo de entrar na esfera política por considerar a área extremamente importante e entender que “a atuação política é muito compatível” com a experiência dele.

“Juiz tem que ter um perfil diferente, conhecer a sociedade, e isso é próprio da política. Dediquei meio século à sociedade e tenho que dedicar mais meio século também. Meu objetivo único é o de beneficiar a sociedade e fazer aquilo que eu sei”, declarou.

Disputado – Odilon também recebeu convite do pré-candidato a governador Nelsinho Trad (PMDB), mas para disputar o cargo de deputado federal. Ele ainda analisa as propostas. “O cargo de deputado federal também me atrai muito”, diz. “Recebi convites de todos os partidos [para ser candidato], menos do PSDB”.

Segurança – Independentemente do futuro político, Odilon deverá continuar sob forte escolta de policiais federais. “Eu deixo o cargo de juiz, mas com certeza precisarei da escolta pelas pessoas que atingi. Sempre tem o desejo de vingança. Será algo necessário a vida inteira”, afirmou. O juiz federal foi o responsável por condenar perigosos traficantes de armas e drogas na região de fronteira.

Ele encaminhou um ofício, na semana passada, ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para manter a escolta mesmo após a aposentadoria. Caso o pedido não seja aceito, Odilon entrará com uma ação na Justiça Federal para obrigar a União a manter a segurança.